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Advogado de Moro diz que Bolsonaro tentou 'esvaziar' recurso no STF ao se antecipar e anunciar depoimento presencial

Criminalista Rodrigo Sánchez Rios diz em nota nesta quarta-feira, 6, que posicionamento da AGU confirma tese de que interrogatório deve ser feito pessoalmente

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Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. Foto: Dida Sampaio / Estadão

A defesa do ex-ministro Sérgio Moro disse nesta quarta-feira, 6, que a decisão do presidente Jair Bolsonaro de se antecipar ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e anunciar o depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal tentou 'esvaziar' a análise do caso pela Corte.

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"A postura adotada pela Advocacia Geral da União (AGU) de protocolar uma petição no dia de hoje, minutos antes do início da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF), concordando com o interrogatório presencial do investigado, Jair Bolsonaro, no Inquérito 4831, tentou esvaziar o teor do agravo regimental interposto na corte pela própria AGU", diz um trecho da nota divulgada pelo advogado Rodrigo Sánchez Rios.

Como mostrou o Estadão, a tendência entre os ministros era obrigar o presidente a responder aos questionamentos pessoalmente. Minutos antes do julgamento, a Advocacia-Geral da União (AGU) comunicou a decisão de Bolsonaro que, segundo a pasta, teve como motivação a 'plena colaboração' com a investigação.

O advogado de Moro também afirma que aguarda agora a escolha da data para o interrogatório do presidente. A medida é uma das últimas pendências para a conclusão da investigação aberta a partir de informações prestadas por Moro ao deixar o governo, em abril do ano passado. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública levantou suspeitas sobre uma suposta tentativa do presidente de substituir encarregados por postos de comando na Polícia Federal em uma tentativa de blindar familiares e aliados de apurações.

Leia a íntegra da nota do advogado Rodrigo Sánchez Rios, que representa Sérgio Moro no caso:

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"A defesa de Sérgio Moro, ex-ministro da justiça, destaca que a postura adotada pela Advocacia Geral da União (AGU) de protocolar uma petição no dia de hoje, minutos antes do início da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF), concordando com o interrogatório presencial do investigado, Jair Bolsonaro, no Inquérito 4831, tentou esvaziar o teor do agravo regimental interposto na corte pela própria AGU. Os Advogados de defesa de Sérgio Moro reforçam que esse posicionamento somente confirma a procedência da tese defendida, desde o início da discussão do caso. A partir de agora, aguardamos a designação da data para a realização do ato procedimental de oitiva do investigado".

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