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Advogado de dono da Rodrimar critica falta de transparência em operação

Fabio Tofic Simantob se disse 'espantado' com o fato de o Supremo deflagrar a Operação Skala, que prendeu Antônio Celso Grecco e aliados do presidente Temer, sem divulgar 'os motivos das prisões e buscas'

Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura/BRASÍLIA
Atualização:

Antonio Celso Grecco. FOTO WERTHER SANTANA / ESTADÃO  

Após a prisão do dono da Rodrimar, empresário Antônio Celso Grecco, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na investigação sobre irregularidades em torno do Decreto dos Portos, o advogado do empresário, Fabio Tofic Simantob, criticou o que considerou como falta de transparência da operação.

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"O que está nos espantando é que o Supremo, a corte suprema do país, faça uma operação como essa e feche o tribunal até segunda-feira", afirmou na manhã desta sexta-feira.

"Uma operação dessa tem que ter transparência, saber os motivos das prisões e das buscas. Não se pode fazer isso, fechar a porta, apagar a luz e foi embora", acrescentou o advogado.

Além de Grecco, foram presos nesta quinta-feira, 29, dois amigos de Temer, o empresário e advogado José Yunes e o coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima.

O ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi também foi preso. Em delação premiada, o dono da JBS, Joesley Batista, afirmou ter recebido um pedido de Michel Temer (PMDB) para pagamento de mensalinho no valor de R$ 100 mil a Wagner Rossi quando ele era ministro da Agricultura.

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As ordens de prisão são temporárias - por cinco dias - e fazem parte da Operação Skala - único porto da ilha de Patmos. As medidas foram solicitadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE JOSÉ YUNES

"É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu à todos os atos para colaborar.

Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania.

José Luis Oliveira Lima"

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COM A PALAVRA, A DEFESA DO CORONEL JOÃO BAPTISTA LIMA FILHO

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Os advogados Cristiano Benzota e Maurício Silva Leite refutaram enfaticamente as suspeitas de envolvimento do coronel João Baptista Lima Filho no suposto esquema de favorecimento a empresas do setor portuário em troca de propinas. "O sr. João Baptista Lima Filho refuta com veemência as acusações e afirma não ter qualquer participação nos fatos apurados no inquérito." A defesa afirma que 'o estado de saúde do sr. Lima é muito delicado e que o seu quadro médico tem sido periodicamente informado às autoridades'.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANTONIO CELSO GRECCO

O advogado Fabio Tofic, que defende Antonio Celso Grecco, disse que ainda está tentando saber os motivos da prisão do sócio da Rodrimar para depois se manifestar.

COM A PALAVRA, WAGNER ROSSI

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Wagner Rossi aposentou-se há sete anos. Desde então, nunca mais atuou profissionalmente na vida pública ou privada. Também nunca mais participou de campanhas eleitorais ou teve relacionamentos políticos. Mora em Ribeirão Preto onde pode ser facilmente encontrado para qualquer tipo de esclarecimento. Nunca foi chamado a depor no caso mencionado. Portanto, são abusivas as medidas tomadas. Apesar disso, Wagner Rossi está seguro de que provará sua inocência.

Equipe Toscano Sociedade de Advogados.

COM A PALAVRA, MILTON ORTOLAN

Por mais de 40 anos, Milton Ortolan exerceu cargos públicos, sem jamais responder a qualquer ação penal. Sua prisão é absolutamente desnecessária e desprovida de suporte fático, tendo em vista que deixou o cargo que ocupava na CODESP ainda no ano de 2008, ou seja, quase dez anos antes da edição do Decreto dos Portos atualmente investigado pelas Autoridades.

Daniel Kignel

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COM A PALAVRA, O GRUPO LIBRA

Procurado pelo Estado, o Grupo Libra informou que "está prestando todos os esclarecimentos à Justiça, e que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. Mais informações serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa."

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