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Ação da PF mira em grupo de apoiadores de Bolsonaro acampado em Brasília '300 do Brasil'

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Por Patrik Camporez e Camila Turtelli/BRASÍLIA
Atualização:
A ativista bolsonarista Sara Winter. Foto: Instagram / Reprodução

A operação da Polícia Federal desta quarta-feira, 27, tem como um dos focos integrantes do grupo 300 do Brasil, formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A ação cumpre mandados de busca e apreensão determinados pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fakes news, que apura ataques virtuais a ministros da Corte.

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O 300 do Brasil tem se notabilizaram pelo comportamento radical de membros do grupo nas redes sociais e em manifestações na Esplanada dos Ministério, em Brasília. Recentemente, os ativistas, liderados pela ex-militante feminista Sara Winter - alvo da operação - montaram um acampamento ao lado do STF, mas foram retirados do local pela polícia. Depois do episódio, passaram a ocupar uma chácara em Brasília. No início do governo, a militante pró-governo ocupou cargo de confiança no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.

Nas redes sociais, Sara Winter se manifestou logo após a PF deixar sua casa levando aparelhos eletrônicos. Ela chamou o ministro Alexandre de Moraes de "covarde" e disse que os agentes federais chegaram à sua residência às 6h. "A Polícia Federal acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6 horas a mando de Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável. Moraes, seu covarde, você não vai me calar".

Outro alvo é o blogueiro Allan dos Santos, do site bolsonarista Terça Livre, que mora em uma casa alugada no Lago Sul, uma das regiões mais caras da capital federal. O blogueiro é próximo dos filhos do presidente e recentemente foi recebido por Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Ao todo, a operação de hoje cumpre 29 mandados de busca e apreensão. Além do Distrito Federal, a ação ocorre simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

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Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no STF. Entre os alvos de buscas, estão ainda o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL) e o empresário Luciano Hang, este último suspeito de financiar ataques nas redes.

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