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Ação atinge em cheio todas as lideranças do PMDB

Foram alvos de ação de busca e apreensão dois atuais ministros de Dilma que vinham dando suporte a ela contra o impeachment: Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo)

Por Adriano Ceolin
Atualização:

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

A mais recente fase da Operação Lava Jato atingiu em cheio as principais lideranças nacionais do PMDB, partido que está prestes a romper com a presidente Dilma Rousseff. Foram alvos de ação de busca e apreensão dois atuais ministros de Dilma que vinham dando suporte a ela contra o impeachment: Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

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Indicado para o cargo por Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Pansera foi ligado no passado recente ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em depoimento à Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef chegou a chamar Pansera de "pau mandado" de Cunha. Após se tornar ministro, Pansera passou a defender Dilma.

A residência oficial da Presidência da Câmara, onde mora Cunha, também foi alvo da PF. Depois que fracassou o acordo que tentou fechar com o PT para evitar um processo no Conselho de Ética, ele foi o responsável pela admissibilidade de um pedido de impeachment contra Dilma. Desde julho, quando as investigações contra ele avançaram, passou a dizer que é perseguido pelo governo e se disse "rompido pessoalmente" com a presidente.

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Ex-presidente da Câmara, Henrique Alves foi indicado ministro pela bancada do partido e com o apoio do vice Michel Temer. Ontem ele chegou a ter uma audiência com Temer no Palácio do Planalto. Como publicou o Estado no domingo, ele defende publicamente Dilma, mas nos bastidores disse que "fica no cargo até quando Temer quiser". O vice tem unido forças no PMDB a favor do impeachment.

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Até então principal aliado de Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi atingido indiretamente. Houve busca e apreensão na sede do diretório do PMDB de Alagoas, que é comandado pelo senador. Em 2014, a sigla elegeu como governador no Estado Renan Filho.

O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros, foi alvo da operação. Outro nome ligado a Renan, segundo as investigações, é do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), que também sofreu busca em sua residência.

Também alvo da ação, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) integra o grupo pró-Dilma no partido ao lado de Renan. Na maior parte do primeiro mandato dela, Lobão foi ministro de Minas e Energia.

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