O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, advertiu nesta segunda-feira, 12, que 'a corrupção traduz um gesto de perversão da ética do poder e de erosão da integridade da ordem jurídica'.
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O GRITO DO DECANONa posse da ministra Cármen Lúcia na Presidência da Corte máxima, solenidade assistida por dezenas de autoridades e políticos, entre eles o ex-presidente Lula, o decano enfatizou. "É por essa e por outras razões, senhora presidente, que se impõe repudiar e reprimir - sempre, porém, sob a égide dos princípios que informam o Estado Democrático de Direito e que consagram o regime dos direitos e garantias individuais - todo e qualquer ato de corrupção."
Em março, Lula caiu no grampo da Operação Lava Jato. Ele dizia a um interlocutor sobre 'uma Suprema Corte totalmente acovardada'.
'UMA SUPREMA CORTE TOTALMENTE ACOVARDADA':
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Ao enfatizar a importância da Suprema Corte 'como garantidora da Constituição e defensora de valores ético-jurídicos necessários à condução do Estado e na garantia de atuação de seus governantes em busca do bem comum', Celso de Mello rejeitou 'a prática de formas predatórias e desonestas de exercício do poder, ressaltando o dever de probidade e de comportamento honesto e transparente, que se traduz na essencialidade de juízes e tribunais conscientes de sua missão de promover os valores constitucionais'.