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À PF, Moreira Franco diz que Temer o apresentou ao coronel Lima

Ex-ministro de Minas e Energia depôs nesta sexta, 22, no inquérito da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato; depoimento foi revelado pela reportagem da Globo News

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Por Redação
Atualização:

Michel Temer e Moreira Franco. Foto: André Dusek/Estadão

O ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia), preso na Operação Descontaminação - desdobramento da Lava Jato -, afirmou à Polícia Federal, nesta sexta, 22, que encontrou-se com o coronel reformado da PM de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, 'apenas duas vezes'. Ele disse que foi apresentado ao militar pelo ex-presidente Michel Temer.

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DEPOIMENTO

A defesa de Moreira Franco chegou a pedir liberdade diretamente ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, sob a alegação de conexão das investigações com crimes eleitorais. O requerimento foi rejeitado pelo magistrado.

As informações sobre o depoimento de Moreira Franco foram divulgadas pela reportagem da Globo News e confirmadas pelo Estado.

Os investigadores da Operação Descontaminação atribuem ao coronel Lima o papel de arrecadador de propinas de Temer por meio da empresa Argeplan. Os investigadores suspeitam que o ex-presidente seria o verdadeiro dono da Argeplan.

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A investigação liga Moreira Franco a suposto esquema de propinas que teria Temer como líder de organização criminosa.

Moreira Franco disse à PF que no primeiro encontro com o coronel Lima foi dito que o militar era o dono da empresa Argeplan.

"Desconheço que o ex-presidente tenha relação comercial com o coronel Lima", disse Moreira Franco.

Ele afirmou, ainda, desconhecer que o militar 'custeie despesas de Temer e de sua família'.

Ainda segundo o relato obtido com exclusividade pela Globo News, o ex-ministro declarou que não manteve nos últimos 30 anos empresas ou outros negócios privados.

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Durante sua vida política 'nunca teve atuação em arrecadação de dinheiro para campanhas políticas'.

Indagado sobre o empresário José Antunes Sobrinho - que fez acordo de delação premiada e é peça-chave da investigação-, o ex-ministro classificou sua relação com o executivo ligado à Engevix como 'institucional, não havendo relação de amizade'.

Ele falou, também, que tinha 'voz ativa, naturalmente' nas indicações, durante o período em que Temer foi presidente do partido.

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