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'A PF é uma organização do estado, não do governo', avisa chefe da corporação em SP

Delegado Roberto Troncon diz que em período eleitoral influências políticas devem ser 'menores possíveis' na PF

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Por Fausto Macedo
Atualização:

O delegado Roberto Troncon, superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, declarou nesta segunda feira, 4, que a instituição "é uma organização de Estado e não de governo". Ele convocou todo o efetivo da corporação em São Paulo a retomar suas atividades, depois da Copa do Mundo, sem se deixar afetar pelo clima pré eleitoral.

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Ele propôs "uma breve reflexão" sobre o momento em que os federais se encontram. "Normalmente, em trocas de governo, grandes eleições, seja uma continuidade do governo atual, seja um outro governante em nível federal que assuma, que vença as eleições de outubro próximo, nesses períodos há muita expectativa, de modo geral, na administração pública, estadual ou federal, que é o nosso caso."

"Bom, haverá trocas, possivelmente, então é o momento da gente sentar e esperar o que vai acontecer", disse, em hipótese, o superintendente da PF. "Na verdade, é exatamente o contrário o que nós devemos fazer. Se a nossa instituição é uma organização de Estado, e não de governo, é uma consequência natural que essas influências de ordem política ou do período eleitoral sejam as menores possíveis."

Após fazer um balanço da atuação dos federais na grande festa do futebol, o chefe da PF em São Paulo disse. "Superado esse período (da Copa), e acho que temos, sim, muito o que comemorar, seja pelo reconhecimento das demais instituições que muito bem agiram nas suas atribuições, seja pelo reconhecimento de organismos internacionais, devemos agora retomar as nossas atividades."

Troncon foi enfático. "Como nos orgulhamos de dizer, e cremos nesta natureza da nossa instituição, nós não servimos a governos, nós servimos ao Estado brasileiro. Somos uma polícia republicana, de Estado. Devemos, então, retomar, e já estamos retomando, as nossas atividades ordinárias , os nossos planejamentos."

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O chefe da PF em São Paulo pediu a seus pares que, " passado esse período de trabalho intenso das missões muito bem sucedidas na Copa do Mundo" é hora de todos focarem "no planejamento, na unidade das nossas metas e em bem continuarmos prestando os nossos serviços a população".

Ele advertiu que alterações no comando da instituição, se ocorrerem, são normais. "As mudanças eventuais que sucedam em 2015 de chefias, da alta chefia da administração, se ocorrerem, elas são rotineiras."

Ele lembrou aos federais que a rotina se mantém, seja qual for o resultado das eleições. "Na verdade, quem ocupa um cargo público de livre nomeação pode ocupa-lo por um dia apenas ou por vários anos e não é o período eleitoral que altera essa condição."

Roberto Troncon alertou. "Independentemente de estarmos em período pré eleitoral, ou não, o ocupante de um cargo público, ou uma função pública de chefia, a ocupa na condição de a qualquer tempo ser substituído. Quem a ocupa, todos os servidores que atuam numa determinada lotação, deve agir numa instituição de Estado, como somos, como se fosse aposentar-se na posição de Estado até que um dia, por uma razão e por outra, seja mudado de lotação, ou substituído na sua função de chefia."

O delegado superintendente regional em São Paulo destacou que esse é um momento importante. "A gente tem melhorado ao longo do tempo e esse é um momento importante de praticarmos essa crença da instituição de Estado. Teremos daqui para diante muito trabalho. Eu conto, nós contamos, com a participação de todos os senhores, com o empenho que têm demonstrado, com a superação de desafios que os senhores têm demonstrado ao longo desses anos."

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