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A pedido da PGR, Fachin arquiva investigação contra Blairo e Zeca do PT

Inquérito tinha como base acordo de delação premiada da Odebrecht

Por Amanda Pupo/BRASÍLIA
Atualização:

Blairo Maggi. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

BRASÍLIA - A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta quinta-feira, 11, inquérito embasado na delação da Odebrecht que cita o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT) e o ex-governador de Mato Grosso do Sul José Orcírio Miranda, o Zeca do PT, hoje deputado federal.

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Ao final de setembro, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, enviou manifestação ao STF afirmando que as investigações não identificaram elemento de prova mínimo para que fosse ofertada a denúncia no caso - o que seria o próximo passo na investigação.

Um dos delatores da Construtora Norberto Odebrecht, João Antonio Pacífico Ferreira, relatou à força tarefa da Lava Jato que o ministro recebeu 'uma contribuição' de R$ 12 milhões para sua campanha ao governo de Mato Grosso em 2006, valor supostamente relativo à propina por pagamento de repasses da União ao governo estadual.

O diretor da construtora disse que o esquema também 'beneficiou políticos de Mato Grosso do Sul' - citou o ex-governador Zeca do PT, que teria recebido R$ 400 mil, o ex-senador petista e candidato derrotado ao governo naquele ano, Delcídio do Amaral, R$ 2 milhões, e o candidato vitorioso, André Puccinelli (PMDB), R$ 2,3 milhões.

A procuradora-geral, no entanto, afirmou que 'após a realização de diversas diligências investigativas, não se obteve êxito na produção de lastro probatório apto à deflagração de ação penal efetiva e com perspectiva de responsabilização criminal dos investigados'.

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"Considerando o tempo transcorrido então, mais de 12 anos, não se vislumbram novas diligências aptas à elucidação dos fatos e com eficácia para permitir a propositura de ação penal neste caso", assinalou Raquel.

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