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'A nova mentira do senhor Palocci', rebate Dilma

Ex-presidente acusa seu ex-ministro e diz que 'nunca foram apresentadas provas' contra ela na Lava Jato

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Dilma Rousseff e Antonio Palocci. Foto: André Dusek / Estadão

A ex-presidente Dilma Roussef reagiu à delação de seu ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil), que embasou a Operação Estrela Cadente, deflagrada nesta quinta, 3, contra suposta venda de informações privilegiadas sobre a Taxa Selic ao BTG Pactual.

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Na delação, Palocci afirmou que propinas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no montante equivalente a 10% de 'lucros obtidos', e R$ 9,5 milhões destinados à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, teriam sido uma 'contrapartida' às informações vazadas ao banco.

Dilma divulgou em seu site a nota 'A nova mentira do senhor Palocci'.

"A delação do senhor Antonio Palocci não apresenta provas ou sequer indícios de que a presidenta Dilma Rousseff teve conhecimento ou participação direta em supostas ilegalidades", afirma a ex-presidente em seu site.

A ex-presidente é taxativa. "Não há provas que atestem que ela sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Conselho de Política Monetária (Copom)", afirma a ex-presidente na nota divulgada por sua Assessoria.

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COM A PALAVRA, DILMA ROUSSEFF

A nova mentira do senhor Palocci Dilma rechaça as insinuações contidas na delação do ex-ministro, convenientemente vazada pela Lava Jato, justamente quando as manobras ilegais e arbitrariedades estão sob escrutínio do STF 03/10/2019 5:21 A propósito do novo vazamento da delação do senhor Antonio Palocci, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1) Não há provas que atestem a veracidade das informações prestadas pelo senhor Antonio Palocci à Polícia Federal. Ele mentiu e a imprensa continua a veicular suas acusações de maneira leviana.

2) A delação do senhor Antonio Palocci não apresenta provas ou sequer indícios de que a presidenta Dilma Rousseff teve conhecimento ou participação direta em supostas ilegalidades. Não há provas que atestem que ela sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Conselho de Política Monetária (Copom).

3) Presidentes da República jamais participaram, atuaram ou interfeririam em reuniões do Copom ou do Banco Central.

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4) É lamentável que, mais uma vez, procedimentos judiciais - que correm sob segredo de Justiça - sejam vazados à imprensa.

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5) Isso ocorre justamente quando pesam indícios de abusos e irregularidades cometidas por autoridades do Judiciário. Parece que o objetivo é tirar o foco das suspeitas de abuso de autoridade e conduta ilegal por parte dos operadores do Direito, conforme as revelações da Vaza Jato.

6) Tais 'denúncias' chegam no momento em que vêm a público também revelações de abusos confirmados até pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em seu livro de memórias.

7) Em cinco anos de Lava Jato, jamais foram apresentadas provas de que a ex-presidenta Dilma Rousseff tivesse conhecimento ou participação em malfeitos.

8) A verdade já veio à tona. A Justiça prevalecerá.

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ASSESSORIA DE IMPRENSA Dilma Rousseff

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