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'A mão que assina a denúncia é a mesma que assina o arquivamento', afirma Janot

Procurador-geral da República, sob sabatina no Senado, diz que não age movido por interesses partidários

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Atualização:

Rodrigo Janot. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Por Talita Fernandes, Beatriz Bulla, Ricardo Brito e Fausto Macedo

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante a sabatina no Senado, nesta quarta-feira, 26, afirmou que não age movido por interesses pessoais ou partidários. "As pessoas me perguntam até onde vai a investigação (da Lava Jato). Eu digo: tem que perguntar até onde foram essas pessoas (os acusados por corrupção na Petrobrás). O que se procura é o estancamento da corrupção no Brasil, a corrupção é inaceitável."

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Segundo Janot, o dinheiro para o sistema de saúde e da educação está sendo 'drenado para o sistema de corrupção'. Indagado sobre um suposto direcionamento dos arquivamentos promovidos pela Procuradoria-Geral da República, Janot foi taxativo. "Posso garantir que a caneta que assina uma denúncia é a mesma que assina um arquivamento."

Ele citou números 'que dizem isso'. Segundo Janot, durante dois anos, foram pedidos 269 arquivamentos de inquéritos 'democraticamente distribuídos por integrantes de todos os partidos'.

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"Não há prevalência de nenhum deles (partido)", afirmou o chefe do Ministério Público Federal. Janot informou, ainda, que naquele período foram apresentadas 26 denúncias 'também democraticamente distribuídas para aqueles que cometeram ato ilícito, independentemente de partido e foi requisitada a instauração de 81 inquéritos também sem levar em consideração o partido político, mas a atuação da pessoa'.

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"Garanto que a mão que assina a denúncia é a mesma que assina o arquivamento", reiterou.

Rodrigo Janot está sendo sabatinado no Senado nesta quarta-feira, 26. Após vencer com folga a eleição do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral da República. Seu nome ainda deve ser chancelado pelo Senado nesta quarta-feira.

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