Nas buscas e apreensões da Operação Acarajé - 23ª fase da Lava Jato -, a Polícia Federal apreendeu uma lancha, uma coleção de carros antigos, dinheiro em espécie e obras de arte. O material, prova do luxo em que viviam os suspeitos, é suposto produtor de lavagem de dinheiro, do esquema de corrupção na Petrobrás que chegou ontem ao marqueteiro do PT João Santana.
A maior parte dos itens da vida de luxuria que tinham os alvos pertence ao operador de propinas Zwi Skornicki, que mora no Rio de Janeiro.Ele foi preso nesta segunda-feira, 22, alvo de cautelar preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que determinou o recolhimento dos bens.
O delegado da Lava Jato Igor Romário de Paula enfatizou, em entrevista coletiva, na manhã de hoje os itens apreendidos pela "Acarajé". "A compra de bens como obras de artes e carros são clássicos mecanismos de lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal divulgou na tarde desta segunda-feira, por meio de sua assessoria de comunicação, um balanço parcial dos 51 mandados cumpridos por cerca de 300 homens, em quatro estados.
BAHIA
7 mandados de busca e apreensão : 5 em Salvador e 2 e Camaçari
1 mandado de prisão temporária
1 condução coercitiva
Apreensão de documentos
RIO DE JANEIRO
14 mandados de busca e apreensão: 10 no Rio de Janeiro, 2 Mangaratiba e 2 em
Petrópolis
1 mandado de prisão preventiva
2 conduções coercitivas
Apreensão de documentos, veículos de luxo e de colecionador, uma lancha
SÃO PAULO
16 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas e
Poá
1 mandado de prisão temporária
Apreensão de documentos e mais de 300 mil reais em moeda nacional e estrangeira
Um mandado de prisão preventiva e quatro de prisão temporária não foram cumpridos em razão dos investigados não terem sido localizados.