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A importância do cuidado com a saúde do colaborador

Por Rafael Barreto
Atualização:
Rafael Barreto. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Embora existissem muitas queixas relacionadas ao bem-estar físico e mental no ambiente de trabalho antes da pandemia, após vários meses vivendo em isolamento, o tema vem ganhando mais relevância nas agendas dos RHs das empresas. Uma pesquisa realizada recentemente pela Kenoby, startup de recrutamento e seleção, aponta que 93% dos RHs das empresas ainda ignoram a questão de saúde mental dos colaboradores. A pesquisa tinha como foco, evidenciar os impactos da saúde mental no ambiente de trabalho.

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Outro dado interessante a ser analisado mostra que 53,4% dos entrevistados não sabiam dizer se a empresa pretendia ou não investir em algum benefício/estímulo à saúde mental. Outros 35% informaram que o investimento viria em menos de um ano.

Nesse sentido, a maioria dos RHs (71% dos entrevistados) afirmam que ainda não existe uma área e/ou pessoa dedicada para cuidar do tema dentro da empresa. Ainda assim, afirmaram que está nos planos da empresa a contratação de um profissional ou criar um departamento dedicado à saúde dos colaboradores.

Isso trouxe um olhar diferente sobre a importância de olhar para a saúde do colaborador. Ao passo que aspectos de saúde vão sendo negligenciados, tanto pela empresa, quanto pelos próprios indivíduos, sinais e sintomas que antes podiam ser facilmente tratados, tendem a se agravar. Afinal, muitas vezes pode ser bem desafiador para a empresa e para o departamento de RH, olhar para aspectos da saúde de seus colaboradores, ainda mais sem um auxílio externo e vasta experiência no assunto.

Por isso, é importante que as organizações tracem um diagnóstico sobre o Perfil de Saúde da empresa. O Perfil de Saúde consiste em uma estratégia de mapeamento das condições de saúde individual e coletiva, por meio de um questionário, que é destinado a cada colaborador, a fim de entender como essa população se comporta, vive e se sente. Após colher as respostas no Perfil de Saúde, a equipe de saúde pode analisar caso a caso (lembrando que dados sensíveis e individuais não devem ser compartilhados com a empresa, por questões éticas e de sigilo) para traçar junto com os indivíduos um plano de cuidado.

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Com esse diagnóstico, a equipe de saúde e o RH da empresa podem trabalhar juntos, engajar e mobilizar os colaboradores a se envolverem mais com questões relacionadas à saúde e bem-estar físico e mental. Dentro das ferramentas para engajar e instrumentalizar os colaboradores, estão as Linhas de Cuidado e as Ações Coletivas, por exemplo.

Com essas duas ferramentas proporcionadas pela equipe de saúde, linhas de cuidado e ações coletivas, a coordenação do cuidado se torna muito mais efetiva e eficaz, principalmente, quando há a necessidade de abordar temas relacionados a condições crônicas, como ansiedade e depressão, por exemplo.

Considerando os cuidados frequentes com o bem-estar e saúde, esses são fatores que podem impactar diretamente a rotatividade e absenteísmo, pois afetam a saúde individual e coletiva.

*Rafael Barreto, Head de Enfermagem da Cuidas

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