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A dura realidade dos profissionais da segurança pública em busca da casa própria

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Por Coronel Tadeu
Atualização:
Coronel Tadeu. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Em cumprimento à minha bandeira de campanha, acompanho de perto e ativamente o avanço do Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, quanto ao Plano de Habitação para os servidores da Segurança Pública.

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Este é um sonho para os nossos amigos policiais militares, civis, penais, científicos e as guardas municipais, que almejam conquistar a casa própria. A iniciativa irá abranger esses guerreiros que trabalham em âmbito da União, Estados, Distrito Federal e municípios, e, sem dúvida, irá corrigir o déficit habitacional, valorizando o profissional da área de segurança.

Desde que assumi a condição de Deputado Federal, em meu primeiro mandato, no início de fevereiro de 2019, me encontro debruçado e empenhado nesse plano habitacional. Estou em contato permanente junto aos integrantes do Ministério da Justiça, acompanhando todo o passo a passo.

Na última reunião, em Brasília, ainda no enfrentamento do País contra a pandemia do COVID-19, me reuni com os responsáveis pelo projeto, e me foram apresentados os estudos contendo cenários para o desenvolvimento desse programa habitacional, contemplando as especificidades de cada estado, bem como de cada categoria dos profissionais de Segurança Pública, com foco naqueles com moradias em locais de risco.

É de saber que a atividade profissional desse setor possui características singulares, ou seja, diferentes em relação às demais categorias de servidores. De forma corriqueira, os policias enfrentam situações de risco nas quais não são só suas vidas postas em perigo, mas, e principalmente, as de suas famílias.

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Com todo esse perigo iminente, como promessas de atentados e ameaças constantes, a escolha do local de moradia requer cuidados para que esses profissionais possam viver com segurança e dignidade, sem aumentar ainda mais os riscos aos quais estão cotidianamente expostos. Esse descanso pode contribuir para o estabelecimento de uma rotina mais saudável, não vivendo em espécie de uma "bomba-relógio", que pode explodir a qualquer momento.

A realidade no Brasil é dura, e devido às condições financeiras, muitos policiais moram em locais habitados por marginais, colocando em risco a sua vida e a de seus entes próximos.

Ter a possibilidade de um programa que viabilize para esses profissionais uma maneira de adquirir a casa própria, em uma localidade segura, e que lhes permita exercer sua profissão com o mínimo de dignidade e proteção, é medida de justiça.

Analisando os dados das Secretarias de Segurança Pública de todo o Brasil, observamos que em sua maioria, ou em alguns estados na sua quase totalidade, os integrantes dos órgãos de segurança pública destinam grande parcelas de seus salários ao pagamento de aluguéis, nunca chegando a ter a moradia própria. E quando um dia se arriscam na busca do empreendimento, enfrentam grandes problemas nos financiamentos comuns, pois os reajustes das prestações são maiores que seus reajustes salariais, inviabilizando a aquisição referida, ou perdendo-a pela inadimplência.

Destaco aqui, e reitero, não falo em tratamento privilegiado aos profissionais de Segurança Pública, pois não é isso! Falo de uma correção e proteção do Estado, tendo em vista todo o risco e males que lhes ocorrem em virtude do desempenho de suas atividades. É fato que os citados não se encontram em situação de igualdade aos demais membros da sociedade, mesmo oferecendo a própria vida para proteger o próximo.

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Não descansarei um minuto sequer em prol de melhorias e igualdades aos desiguais.

O Plano Habitacional, além de proporcionar a igualdade, irá certamente valorizar nossos profissionais de segurança, que mesmo diante da dura realidade que enfrentam no dia a dia, mantém vivo o orgulho de defender e proteger o povo brasileiro.

*Coronel Tadeu, deputado federal (PSL-SP)

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