Fábio Fabrini, de Brasília
28 de outubro de 2016 | 04h30
Campus da UFJF. Foto: Divulgação
Ao autorizar mandados de busca e apreensão na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na 11ª fase da Operação Acrônimo, deflagrada nesta quinta-feira, 27, o juiz federal substituto da 10ª Vara Federal do DF, Ricardo Augusto Soares Leite, apontou que “há indícios” de que pró-reitor de planejamento da universidade, Carlos Elízio Barral Ferreira, tinha “plena consciência do ajuste ilícito entre a Gráfica Brasil e a UFJF”.
Em uma das frentes de investigação, essa etapa da Acrônimo apura a suspeita de fraude em uma licitação da universidade elaborada por Benedito Oliveira, o Bené, apontado como operador do governador de Minas Fernando Pimentel (PT), que teria rendido propinas ao então reitor da Universidade. As gráficas que venceram a licitação, por sua vez, teriam emitido notas frias para justificar a movimentação de caixa 2 da campanha de Pimentel ao governo de Minas, em 2014.
COM A PALAVRA, A UFJF:
“A Reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora comunica que recebeu agentes da Polícia Federal em cumprimento ao mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira, 27 de outubro, e informa:
1- Trata-se de processo de licitação efetuado pela Gestão (2010-2014) referente a serviços gráficos realizados em 2012;
2- As solicitações de acesso aos documentos e processos foram prontamente atendidas;
3- A atual administração da UFJF se colocou à disposição para colaborar com a Polícia Federal nesse processo de apuração.
Prof. Dr. Marcus Vinícius David
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Profa. Dra. Girlene Alves Silva
Vice-Reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora”
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