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'A corrupção continua em larga monta', afirma procuradora

Em Porto Alegre, onde a força-tarefa do Ministério Público Federal se reúne para fazer um balanço de quatro anos da Operação Lava Jato e redefinir as próximas investigações, Raquel Dodge diz que crimes do colarinho branco 'não podem ficar impunes'

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Por Teo Cuy/PORTO ALEGRE
Atualização:

Raquel Dodge. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A procuradora-geral da República Raquel Dodge disse nesta sexta-feira, 16, que 'a lei está valendo para todos'. O recado da chefe do Ministério Público Federal foi dado em Porto Alegre, onde a força-tarefa da Operação Lava Jato se reúne para fazer um balanço e redefinir a linha de novas investigações.

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"É preciso redobrar o esforço, redobrar o ânimo e redefinir estratégias, verificar onde temos sido mais exitosos", disse a procuradora. "A corrupção continua ocorrendo no Brasil em larga monta, apesar do muito que já se avançou no âmbito da Lava Jato e de outras operações contra a corrupção."

"As pessoas que cometeram esses crimes não podem ficar impunes, não podem seguir sem reparar o dano, sem devolver aos cofres públicos o dinheiro de impostos que foram desviados pela corrupção."

Raquel defendeu a delação premiada e a prisão em segunda instância.

"São instrumentos de efetividade. A colaboração permite desvendamento de crimes, sobretudo do colarinho branco, que são praticados em portas fechadas, de modo dissimulado, de forma não violenta, mas igualmente insidiosa. A prova é muito difícil, é muito difícil encontrar vestígios dos crimes de colarinho branco, vestígios de corrupção."

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Raquel assinalou que 'ninguém faz um contrato de corrupção'.

"Ninguém faz um acordo para desviar dinheiro. Não se documenta esse tipo de conduta. Por isso, a colaboração premiada é um instrumento tão importante e tão poderoso."

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