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'Não podemos nos contatar. Confirmado que aqui estou monitorado', registra bilhete com Vaccarezza

Lava Jato quer saber com quem falava ex-líder do PT na Câmara em papel apreendido em sua residência que diz: 'Amigo', 'outro assunto está sob controle total', 'fique tranquilo'

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Ricardo Brandt , Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:
 

A Polícia Federal tenta identificar com quem foi trocado o bilhete apreendido nas coisas do ex-líder do PT na Câmara Cândido Vaccarezza com uma enigmática mensagem que diz, entre outras coisas: "Amigo, Outro assunto está sob controle total; Não podemos nos contatat. Confirmado que aqui estou monitorado; No momento certo, marco reuniçao pelo mesmo canal; Fique tranquilo".

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O bilhete foi recolhido na Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato que levou Vaccarezza para a cadeia suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. O ex-deputado teria atuado acertado US$ 500 mil em propinas para que a norte-americana Sargent Marine fechasse contrato para venda de asfalto para a Petrobrás.

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A ordem do juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Lava Jato, em Curitiba, era para prender Vaccarezza e recolher materiais em sua residência de interesse às investigações.

O papel digitado registra ainda: "A pessoa que lhe entrega este bilhete será o portador no futuro". Para os investigadores, o ex-deputado sabia que estava no foco da Lava Jato e suspeita que a mensagem seja posterior a deflagração das investigações, em março de 2014.

Para o delegado federal Filipe Hille Pace, o papel de Vaccarezza não teria se limitado ao negócio da Sargente Marine. Há registro de um suposto acerto de R$ 100 milhões em propinas, em benefício do PT.

 

Vaccarezza foi solto no dia 22 de agosto, por ordem de Moro, sob o pagamento de fiança de R$ 1,5 milhão.

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Nas buscas que fez em sua residência, a Lava Jato recolheu ainda blocos de anotações e folhas avulsas, como uma com papel timbrado da Câmara dos Deputados, com registros feitos a mão.

Os autos de apreensão anexados ao inquérito da Abate não analisam o conteúdo das agendas e anotações. Há nomes de políticos e partidos.

 Foto: Estadão
 

 

 

 

 

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