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Setor de Saúde volta a contratar no mês de maio

Por Clovis Queiroz
Atualização:
Clovis Queiroz. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Mesmo diante de um cenário de incertezas e de inúmeras dificuldades geradas pelo enfrentamento da pandemia da covid-19, os segmentos econômicos que compõe o setor de saúde registraram um saldo positivo de 6,553 mil postos de trabalho no mês de maio. De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, em maio, o segmento contratou um total de 52.521 trabalhadores e desligou outros 45.968. Trata-se de um excelente resultado para o segmento, se comparado ao saldo negativo consolidado de todos os setores econômicos que tiveram uma retração de 331.901 postos de trabalho no mesmo período.

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O resultado alcançado pelo segmento de saúde em maio de 2020 foi melhor que sua média histórica, nos últimos quinze anos (2005 a 2019), em geração de empregos para esse mês, que é de 6.501 postos de trabalho.

Apenas outros dois setores econômicos tiveram saldos positivos na geração de empregos no mês de maio: o Agropecuário (15.993) e a Administração Pública, Defesa e Seguridade Social (486).

Já no acumulado do ano (janeiro a maio), os segmentos econômicos de saúde estão com um saldo positivo de 29.069 postos de trabalho. É o segundo melhor resultado dentre todos os setores econômicos da sociedade, ficando atrás apenas da Educação, com 33.379 postos de trabalho. Esse também é um excelente resultado, se comparado também com o acumulado do ano de todos os demais segmentos econômicos para esse período - que registraram uma retração de 1.144.875 postos de trabalho.

Somente na última década (2010-2019), os prestadores privados de saúde contribuíram na geração de mais de 820 mil empregos diretos (CLT) no país. O estoque de empregos formais no setor da saúde é de 2.378.915, ficando à frente de outros tradicionais segmentos da economia, como a Construção Civil e a Agropecuária, de acordo com o último dado da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério da Economia, referente ao ano de 2018.

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Nos últimos dois anos, os segmentos econômicos da saúde têm contribuído, expressivamente, na geração de postos de trabalho no Brasil. No ano de 2018, o setor foi responsável por 16% do total do saldo positivo de empregos no país. Já em 2019, esse percentual foi 14,5%.

Esse resultado positivo no mês de maio demonstra a resiliência na geração de empregos deste importante setor econômico, uma vez que no mês de abril deste ano a saúde havia registrado um saldo negativo de menos 2.300 postos de trabalho, segundo o Novo Caged.

Com isso, os dados conjunturais precisam ser interpretados com cautela, haja vista a grande crise que vem passando os prestadores de serviço de saúde durante a pandemia. O resultado do mês de abril preocupa, pois, nos últimos quinze anos, a média para este mês de abril foi de 10 mil postos de trabalho gerados, com isso, na prática, o recuo registrado em abril de 2020 ultrapassou a marca de 12 mil postos de trabalho perdidos.

Essa retomada no mês de abril, portanto, ratifica a importância do setor da saúde na manutenção e criação de novos postos de trabalho no Brasil, algo tão essencial nos dias atuais como a própria prestação do serviço que realiza, em prol da saúde da população, especialmente em tempos de coronavírus.

*Clovis Queiroz é coordenador-geral de Relações do Trabalho e Sindical da Confederação Nacional de Saúde - CNSaúde

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