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2020: o ano em que os algoritmos estarão em destaque para o setor varejista

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Por Carlos Relvas
Atualização:
Carlos Relvas. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Fazer uso inteligente de dados já não é novidade para nenhuma empresa. Muitas companhias já aplicam o conceito de interpretar um grande volume de informações, vindo de diversas fontes, para tirar proveito na construção de novas estratégias mercadológicas. No setor varejista, essa técnica pode ajudar e muito quem quer sair na frente. Adotar novas tecnologias que consigam analisar seus clientes, desenvolver melhores experiências de consumo e aumentar a produtividade de suas operações é uma tendência que vai se expandir ainda mais nos próximos anos.

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De acordo com a Gartner, o uso do machine learning no varejo, uma área da computação que permite automatizar respostas ao usuário a partir de inteligência artificial e análise de big data, será a técnica mais disruptiva nos próximos dez anos. Já uma pesquisa realizada pela Accenture e publicada no MIT Sloan Management Review mostra que 38% das organizações que adotaram essa tecnologia conseguem apontar melhorias em suas performances.

O aprendizado das máquinas já é um dos pilares do varejo moderno, possibilitando prever picos de vendas, analisar os principais desejos dos consumidores, além de observar oportunidades de crescimento que não seriam feitas de outra forma.

Um exemplo do uso de algoritmos de machine learning realizados por varejista é a possibilidade de criar um modelo preditivo de risco de crédito. Este recurso avalia a probabilidade de cada ponto de venda não pagar a nota emitida. Isso é possível graças à tecnologia que informa ao vendedor que está na loja sobre o rating de crédito , ou seja a capacidade de pagamento da loja, por meio de um chatbot, desenvolvido especialmente para este fim. Com a informação recebida, o lojista pode aumentar o limite e/ou o prazo, manter a forma padrão ou até oferecer o pós-venda. Desta maneira, é possível observar uma redução de cerca de 30% na inadimplência desses pontos de venda.

Outra possibilidade que a inteligência artificial proporciona ao varejista é prever quais os produtos terão mais saída. Assim, a loja consegue ter um número de artigos em estoque que possivelmente será consumido. Este processo otimiza o tempo do vendedor e, consequentemente, aumenta a produtividade. Ainda, é possível prever qual será o pedido do ponto de venda para que o vendedor já chegue ao local com o pedido praticamente feito e só precise confirmar a venda com o cliente.

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Por fim, segundo o estudo global Retail Vision Study, realizado pela Zebra Technologies, mais de 70% dos varejistas pretendem investir em algum tipo de inovação nos próximos anos. Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning são tecnologias que vem para agregar no dia a dia do lojista, trazendo insights para oferecer produtos corretos, no momento oportuno e com as opções de pagamento e negociação que mais interessam para cada consumidor. As possibilidades são inúmeras e essas tecnologias estarão em destaque no próximo ano. Sua loja já está preparada para 2020?

*Carlos Relvas é co-founder and chief data scientist da Datarisk

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