https://www.facebook.com/bolsonaro.enb/videos/2431022430491509/
Após afirmar que, 'se a esquerda radicalizar, a resposta pode ser via novo AI-5', o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) pediu desculpas, por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais. "Não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5".
Em entrevista à jornalista Leda Nagle, Eduardo defendeu medidas radicais - como 'um novo AI-5' - para conter manifestações de rua como as que ocorrem no Chile atualmente.
O AI- 5 foi o Ato Institucional mais duro instituído pela repressão militar nos anos de chumbo, em 13 de dezembro de 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus, e instalou a censura nos meios de comunicação. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu.
"Primeiro de tudo, não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5. E a minha posição é bem confortável. E eu não fico nem um pouco constrangido de pedir desculpa a qualquer tipo de pessoa que tenha se sentido ofendida ou imaginado o retorno do AI-5", disse.
Segundo Eduardo, 'esse não é o ponto que tivemos hoje no contexto atual do Brasil'. "A gente vive num regime democrático. Nós seguimos a Constituição. Inclusive, esse é o cenário que me fez ser o deputado mais votado da história. Então, não tem por que eu descambar para um autoritarismo".
"Eu tenho a meu favor a Democracia. Agora, é óbvio que a oposição vai tentar pegar esteira na minha fala para tentar me pintar como um ditador. Mas eu digo aqui: pode ter sido resposta infeliz. Se pudesse refazê-la, faria sem citar o AI-5 para mudar essa polêmica toda. Mas, nós, parlamentares, temos garantido na Constituição o direito à imunidade parlamentar por opiniões, palavras e votos. É a imunidade não para roubar. É imunidade para falar. Assim, você conhece melhor o seu representante e vai ter a oportunidade de votar nele ou não votar nele", afirmou Eduardo Bolsonaro.