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É falso que ‘UOL’ tenha publicado que Lula vai taxar Pix; campanha petista não tem proposta sobre o tema

Postagem usa logomarca do portal de notícias para dar credibilidade a alegação falsa

Por Giovana Frioli
Atualização:

Uma postagem que circula nas redes sociais mostra uma manchete atribuída ao site de notícias UOL Eleições, de que o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em troca de financiamento de banqueiros, iria definir taxas sobre transações do sistema de pagamentos rápidos Pix. Mas não há qualquer reportagem com esse teor no portal do UOL e a campanha do PT negou que Lula tenha uma proposta nesse sentido.

A alegação tem origem em uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele afirmou, no dia 27 de outubro, que o petista irá taxar as transferências instantâneas para trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs). No entanto, a campanha do PT negou ao Estadão que esteja estudando a medida: "O presidente Lula, caso eleito, não vai tributar o Pix. O Pix é uma ferramenta adotada pelo mercado financeiro. Lula não vai fazer nada contra o Pix, isso é fake news".

 

A postagem usa a logomarca do portal UOL, mas o veículo não publicou notícia sobre o assunto. A mesma notícia falsa já havia sido compartilhada na internet com atribuição ao portal G1 -- boato que foi desmentido pelo Projeto Comprova. O Instituto Lula divulgou uma nota em suas redes sociais em que rebate o conteúdo e afirma que "Lula nunca suspenderia o Pix".

O imposto sobre o Pix

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Entre 2020 e 2021, o ministro Guedes havia considerado criar um imposto sobre transações financeiras digitais que poderia afetar o Pix -- que é gratuito para pessoas físicas. O projeto estava dentro das propostas de reforma tributária do economista e era chamado de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) digital, com uma alíquota de cerca de 0,2% em cima das transações.

O E-Investidor publicou uma reportagem explicando a pegadinha tributária do ministro da economia sobre os sistemas de transferências do Banco Central. A notícia revelou, por sua vez, que a informação repercutiu mal e Guedes disse que atualmente não tem planos para taxar o Pix.

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