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Texto engana ao afirmar que autópsias na Itália teriam indicado que 'problema principal não era o coronavírus'

Estudos em hospitais de Bérgamo e Milão sugerem terapia adicional com anticoagulantes para evitar trombose, mas não há comprovação de que esta seja a única causa de morte, nem que tratamento possa ser feito em casa

Por Projeto Comprova
Atualização:

Esta checagem foi produzida pela coalizão do Comprova. Leia mais aqui.

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Texto em circulação nas redes sociais engana ao afirmar que autópsias realizadas em Bérgamo, na Itália, teriam indicado que "o problema principal não era o coronavírus", em referência à causa da morte dos pacientes por covid-19. A publicação diz também que "a cura já foi encontrada". O conteúdo mistura informações verdadeiras com outras falsas ou sem sustentação científica para sugerir aos leitores que os óbitos estariam relacionados apenas com um distúrbio na circulação sanguínea, a ser tratado em casa.

O conteúdo foi publicado pelo site Oriundi.net e é a tradução de um texto em italiano assinado por Cesare Sacchetti em blog pessoal. O autor afirma que "a comunidade médico-científica" chegou a essas conclusões após serem realizadas 50 autópsias no Hospital Papa Giovanni XXIII, em Bérgamo, e 20 no Hospital Luigi Sacco, em Milão.

Com base em declarações de um médico chamado Giampaolo Palma em post no Facebook, o texto expõe a teoria de que a covid-19 mata em razão da "microtrombose venosa" no organismo -- obstrução de veias por pequenos coágulos que se formam em resposta à infecção -- e que só depois o vírus agrediria os pulmões. Por esse ponto de vista, tanto o diagnóstico quanto o tratamento da doença estariam errados. Esse não é o entendimento dos órgãos de saúde até o momento.

Texto compartilhado nas redes sociais engana ao afirmar que 'problema principal não era o coronavírus'. Foto: Reprodução / Arte Comprova

Apesar de existirem resultados promissores em pesquisas com anticoagulantes no tratamento de pacientes com covid-19, ainda não é possível dizer que essa é a "cura", como aponta o texto, nem que os pacientes podem ser tratados em casa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde afirmam que ainda não há medicamento com eficácia comprovada para tratamento ou prevenção da doença. Pacientes com sintomas graves devem receber suporte médico em hospitais.

O próprio diretor do departamento de anatomia patológica do Papa Giovanni XXIII, Andrea Gianatti, responsável pelas autópsias no hospital de Bérgamo, afirma que esse tipo de terapia "parece absolutamente útil" como complemento a outras, mas é cauteloso ao analisar os resultados. "Estamos ainda na fase de definição, isto é, ainda não existem certezas", comentou em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, publicada em 7 de maio.

Gianatti também contrapõe o argumento presente no texto de que "o coronavírus não ataca os pulmões primeiro, mas afeta principalmente os vasos sanguíneos, impedindo o fluxo regular de sangue" e de que bastaria resolver o problema para prevenir a letalidade. Ao Corriere della Sera, o patologista relatou que a trombose nos pacientes analisados "geralmente ocorreu após a fase mais aguda da pneumonia, isto é, depois dos sintomas mais típicos causados pelo coronavírus". Ou seja, mesmo quando a anomalia está presente, os pacientes ainda precisam de outros cuidados, considerando que a trombose não é a única complicação possível da doença.

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O Comprova pediu a opinião de outros dois especialistas sobre o assunto. Para a pneumologista do Hospital Sírio-Libanês e livre docente da Universidade de São Paulo (USP) Elnara Marcia Negri, a formação descontrolada de coágulos que podem obstruir as veias e levar à morte está associada a uma "tempestade inflamatória" no organismo, causada após a entrada do vírus pelo sistema respiratório e a sua agressão a estruturas dos pulmões. A médica afirma que, em alguns casos, a causa da morte realmente é a insuficiência respiratória em razão da trombose, mas esta não é a única causa, nem a principal.

Pedro Silvio Farsky, cardiologista do Hospital Albert Einstein e do Instituto Dante Pazzanese, relata o mesmo mecanismo de ação, mas faz a ressalva: "Tudo isso é objeto de grande pesquisa, e os mecanismos exatos ainda estão por ser elucidados". Quanto à hipótese de que a incidência de trombose nos pacientes seria anterior a complicações como a pneumonia -- e que resolvê-la "curaria" os pacientes -- o médico considera a teoria ainda "pouco provável". "Não me parece lógico, especialmente porque vemos alterações radiológicas acometendo o pulmão sem que tenha aumento no dímero D (resultado da degradação de fibrina, um marcador de trombose)".

O Comprova também entrou em contato, por e-mail, com Andrea Gianatti, do Papa Giovanni XXIII. Gianatti respondeu que eram "apenas boatos" e que as informações corretas constam em relatório preliminar (preprint) que está sendo revisado para publicação na revista Lancet.

O texto do Oriundi.net ainda traz uma série de afirmações duvidosas, como a de que os ventiladores mecânicos "pioraram as coisas", e insinuações de que a pandemia seria uma "operação de terrorismo psicológico" motivada por interesses políticos. Em outro trecho, o boato alega que a imunização contra o novo coronavírus "seria completamente desnecessária e potencialmente prejudicial", ao distorcer resultados de estudo científico anterior à pandemia de covid-19.

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Por que checamos isto?

O Comprova faz verificações que atinjam grande número de compartilhamentos nas rede sociais, caso deste conteúdo, que registrou mais de 33 mil interações no Facebook. Esta verificação foi realizada pelo Comprova pois ela se insere na disputa política que se instalou no Brasil diante da pandemia. Sites e pessoas apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, têm utilizado diferentes artifícios para tentar minimizar os problemas provocados pelo novo coronavírus, bem como para propagar a ideia de que uma cura para a doença é iminente.

Nas últimas semanas, o Comprova verificou diversos conteúdos nessa linha, como o boato de que caixões vazios estavam sendo enterrados em Manaus e outro segundo o qual os números de óbitos registrados em cartório colocariam em dúvida o número de mortes divulgadas. Também circulou a mensagem de que a rotina de enterros em um cemitério de São Paulo estava normal, o que não é verdade.

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O Comprova também mostrou que uma descoberta de pesquisadores israelenses não significa, ao menos por enquanto, a cura para a covid-19 e que informações sobre um protocolo de tratamento no Piauí foram deturpadas para insuflar a ideia de que curar a doença é simples.

A distribuição desse tipo de conteúdo é um desdobramento da disputa a respeito das medidas de isolamento social. Bolsonaro é contrário a essas medidas, enquanto os governadores, que seguem as recomendações das autoridades sanitárias e da Organização Mundial da Saúde, continuam impondo tais ações.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro com o propósito de mudar o seu significado; que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Como verificamos?

O Comprova realizou essa checagem por meio de pesquisas a artigos científicos e outras fontes confiáveis da área médica, leitura de reportagens jornalísticas e entrevistas com especialistas.

A primeira ação foi identificar a origem do boato. O texto no site Oriundi.net tinha a indicação de autoria de "Cesare Sacchetti" com o nome do blog "La cruna dell'ago" ("O olho da agulha", em tradução livre) no rodapé da página. Ao encontrar o texto na internet, observamos que o artigo em português era apenas uma tradução do conteúdo e que o boato já circulava na Itália antes de chegar a sites brasileiros.

Feita a leitura do texto, o Comprova elencou uma série de informações duvidosas presentes e pesquisou sobre cada uma delas, incluindo as supostas declarações dos médicos Giampaolo Palma e Cameron Kyle-Sidell. A reportagem encontrou post no Facebook de Giampaolo Palma, publicado em 9 de abril, e vídeo no YouTube de Cameron Kyle-Sidell, de 31 de março, sobre o assunto.

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Ao buscar informações sobre autópsias de pacientes de covid-19 na Itália, o Comprova chegou a artigo da Nature que apontava o médico Andrea Gianatti como uma das lideranças da área no Hospital Papa Giovanni XXIII. A reportagem encontrou o e-mail do médico em um artigo divulgado na plataforma medRxiv e entrou em contato pedindo esclarecimentos.

Em meio a pesquisa pelo nome, também foi analisada reportagem do jornal Corriere della Sera com declarações de Gianatti, que informava sobre preprint em análise pela Lancet. O Comprova encontrou o relatório preliminar e verificou os resultados obtidos.

Por fim, o Comprova pediu a opinião de dois médicos brasileiros que já haviam comentado sobre o aumento de coágulos em pacientes com covid-19 em reportagem e verificação recentes. A conversa ocorreu por mensagens e telefone.

Qual a relação da covid-19 com a trombose?

Uma série de estudos científicos vêm alertando para o risco de pacientes de covid-19 desenvolverem trombose, problema que consiste na formação de coágulos que obstruem os vasos sanguíneos. A situação motivou médicos do mundo inteiro a introduzirem terapia com anticoagulantes, além de estudos clínicos e in vitro com medicamentos como a heparina.

Uma das pesquisas, feita no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi abordada em artigo recente da revista científica norte-americana Science. Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) descobriram, em outra experiência, que a heparina reduziu em 70% a infecção de células provenientes do rim do macaco-verde africano em laboratório.

No entanto, a relação entre a covid-19 e a trombose ainda não está clara para os cientistas. Uma das possibilidades levantadas é de que, para entrar no corpo humano, o novo coronavírus utiliza receptores chamados de ACE2, que geralmente são encontrados no endotélio, espécie de tecido que reveste vasos sanguíneos e a parte interna do coração que influencia o controle da coagulação no sangue.

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Outra teoria afirma que o aumento da coagulação pode ser resultado de uma resposta inflamatória excessiva do organismo à infecção. Ela ocorreria a partir de uma "tempestade de citocinas", proteínas conhecidas por enviarem mensagens às células e modularem o ataque organizado pelo sistema imunológico ao vírus.

Autópsias de Bérgamo

O texto enganoso de Cesare Sacchetti afirma, por outro lado, que autópsias realizadas na Itália apontam para a "cura" da doença e que a periculosidade do novo coronavírus "basicamente desapareceu" com a descoberta, o que não é verdade, segundo instituições de referência como a OMS. O autor também sugere que a principal causa de morte dos pacientes "não é o coronavírus" -- o que é impreciso, no mínimo, diante do fato de que é a infecção viral que gera as complicações nos pacientes.

Apoiado na opinião do médico cardiologista italiano Giampaolo Palma em post no Facebook, o autor afirma que os pacientes devem ser tratados em casa, com remédios, dispensando suporte hospitalar. Porém, a tromboembolia não é a única complicação presente nos casos graves de covid-19 que necessita de tratamento. "Essa doença pode atacar quase tudo no corpo com consequências devastadoras", disse o cardiologista da Universidade de Yale Harlan Krumholz à revista Science.

O Comprova encontrou dois artigos científicos com resultados de autópsias nos hospitais Papa Giovanni XXIII, de Bérgamo, e Luigi Sacco, de Milão. O primeiro foi publicado em 22 de abril na plataforma medRxiv (sem revisão por pares) e apresenta relatório de 38 casos. O segundo é de 6 de maio e foi baseado na análise de 35 pessoas que morreram no Papa Giovanni XXIII -- é este que está com revisão pendente para publicação na Lancet.

A primeira pesquisa mostra que 33 vítimas (86%) nesses dois hospitais apresentaram coágulos em pequenos vasos sanguíneos nos pulmões, o que poderia explicar a falta de oxigênio no sangue dos pacientes. "Nossos dados apoiam fortemente a hipótese proposta por estudos clínicos recentes de que a covid-19 é complicada ou está, de alguma forma, estritamente relacionada com coagulopatia (distúrbios na coagulação) e trombose", escrevem os pesquisadores. "Por essas razões, o uso de anticoagulantes foi recentemente sugerido como potencialmente benéfico para pacientes em quadros graves, ainda que a eficácia e segurança ainda não esteja demonstrada."

Já o segundo artigo aponta que foram feitas 75 autópsias em pacientes com covid-19 no Papa Giovanni XXIII entre 19 de março e 9 de abril. Foram considerados 35 análises para o estudo. Destes, 10 (29%) foram diagnosticados com eventos tromboembólicos ainda no hospital durante o tratamento. Na autópsia, todos apresentavam tromboses em três ou mais órgãos, principalmente pulmões, coração, rins e fígado.

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preprint destaca que esse problema pode ser ocasionado por diferentes processos patológicos, como a coagulação intravascular disseminada (CID), mas todas as hipóteses propostas foram descartadas com base no histórico hospitalar ou em testes posteriores. Os autores concluem que é difícil categorizar esses eventos trombóticos em doenças convencionais, mas que a condição pode estar sendo subestimada nos hospitais.

No entanto, em nenhum momento, nos dois artigos, os pesquisadores afirmam que encontraram a "cura" da covid-19 ou que os resultados mostram que o perigo da doença não está mais presente. Tampouco apontam que os pacientes poderiam ser tratados em casa, sem a necessidade de internações, como defende o boato.

Respiradores são inúteis?

Em outro trecho, o texto argumenta que o uso de respiradores artificiais é inútil e prejudicaria os pacientes, citando declarações do médico Cameron Kyle-Sidell, do Maimonides Medical Center, de Nova York. No entanto, apesar de realmente estar ocorrendo uma discussão sobre a eficácia do equipamento, não é possível afirmar que os itens são dispensáveis. Em muitos casos, são a única maneira de manter vivo um paciente com perda da função respiratória.

De fato, Kyle-Sidell afirmou, em vídeo no YouTube, que os ventiladores mecânicos poderiam "estar causando mais danos do que ajudando os pacientes de covid-19" e que acreditava estar "tratando a doença errada" nas unidades de tratamento intensivo. O texto omite, porém, que o médico declarou a seguir que não é possível abrir mão dos respiradores no suporte aos pacientes em estado crítico. "Nós, com certeza, precisamos de ventiladores. Eles são a única maneira, até o momento, de dar um pouco mais de oxigênio para aqueles pacientes que precisam", afirma.

De acordo com reportagem da revista Time, existe um "debate acalorado" sobre a utilização de respiradores artificiais na comunidade médica, que está ligado a dados de eficiência do método. Enquanto para outras síndromes respiratórias graves a taxa de recuperação após esse tipo de suporte invasivo está em torno de 50%, estudos na China, em Nova York e no Reino Unido apontam que a covid-19 leva a óbito de 66% a 80% dos pacientes que passam pelo procedimento.

Por outro lado, alguns especialistas acreditam que esses percentuais podem estar sendo afetados por outros fatores, como a pressão sobre as unidades hospitalares. A ventilação mecânica pode estar sendo utilizada muito cedo, quando outros métodos menos invasivos poderiam funcionar, ou os hospitais podem estar destinando profissionais menos treinados para a função diante do cenário caótico, por exemplo. Outro apontamento diz respeito aos grupos de risco da doença, como idosos, que tendem a reagir pior a esse tipo de procedimento.

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Vacinas aumentam o risco de infecção?

No final do texto, Sacchetti afirma que um "estudo científico do Pentágono relatou que as vacinas aumentam o risco de infecção por coronavírus em 36%" para dizer que não há mais necessidade de vacina contra o Sars-Cov-2 e que esta seria "potencialmente prejudicial". Esse boato foi desmentido recentemente pelo FactCheck.org, projeto do Centro de Políticas Públicas Annenberg da Universidade da Pensilvânia.

De acordo com a verificação, o boato começou a circular após uma postagem da organização Children's Health Defense, fundada por Robert F. Kennedy Jr., conhecido pelo ceticismo sobre vacinas. O estudo citado foi realizado pelo setor de vigilância das Forças Armadas dos Estados Unidos e traz dados de 2017 e 2018, portanto, antes do surgimento do novo coronavírus.

A tese é que a vacinação contra a influenza pode aumentar o risco de infecção por outros vírus respiratórios, em um processo chamado de "interferência viral". Porém, não há consenso entre o meio científico, pois outras pesquisas indicaram que essa relação não existe. De qualquer forma, não é correto estender as conclusões para o Sars-Cov-2 -- a pesquisa envolveu outros tipos de coronavírus.

Em resposta ao FactCheck.org, o Sistema de Saúde Militar dos Estados Unidos declarou que estudo utiliza informações coletadas dois anos antes do surgimento da covid-19 e que a pesquisa "não mostra ou sugere que a vacinação contra a influenza predispõe, de qualquer maneira, o potencial para infecções por formas mais severas de coronavírus, como a covid-19". Para a instituição, "continua sendo essencial que as pessoas obtenham a vacina sazonal contra a gripe a cada ano, assim que ela se torna disponível".

Origem do boato

O texto original foi publicado, em italiano, no blog "La cruna dell'ago" ("O olho da agulha", em tradução livre), no dia 25 de abril. O autor é Cesare Sacchetti, que se descreve no Twitter como um "jornalista politicamente incorreto". O blog tem como proposta publicar "notícias e opiniões" que desviem "da linha de mídia dominante em favor da ideologia globalista e imigratória". O conteúdo enganoso passou a circular no Brasil após ser traduzido e divulgado pelo site Oriundi.net, lançado em 2003. O site se apresenta como uma "revista digital sobre a Itália e a cultura italiana".

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Contexto

Conteúdos que tentam minimizar os efeitos da pandemia de covid-19 têm sido compartilhados à exaustão por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Esses textos, fotos e imagens são parte da disputa política entre Bolsonaro e os governadores estaduais a respeito de como lidar com o novo coronavírus. O grande ponto de contenção são as medidas de isolamento social, aplicadas pelos governos, mas criticadas por Bolsonaro. Assim como os conteúdos que minimizam a pandemia, têm circulado diversos materiais que apontam para uma suposta ineficácia de medidas de distanciamento.

Recentemente, o Comprova verificou, por exemplo, um texto que afirmava, enganosamente, que dados de Nova York apontariam para riscos maiores de infecção caso as pessoas cumprissem as medidas. Também foram verificados um artigo que exagerava as falas de um médico alemão e um vídeo que inventava uma crítica do médico David Uip às políticas de isolamento social aplicadas em São Paulo.

Alcance

O link do site verificado pelo Comprova teve, até 20 de maio, mais de 36 mil interações no Facebook de acordo com a ferramenta de monitoramento de redes sociais CrowdTangle. O link foi postado pela página Aliança pelo Brasil e em um grupo que homenageia Alexandre Garcia.

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