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Sátira sobre Damares inventa projeto de lei

Conteúdo enganoso sobre falso projeto de ministra que proíbe traição já tem mais de 150 mil visualizações

Por Tiago Aguiar
Atualização:

Uma publicação satírica do site "Brasil Loucas News" circula no Facebook com a informação que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, criou um projeto para criminalizar a traição. O texto ainda relata que o projeto fictício foi enviado à Câmara dos Deputados sem conhecimento do presidente Jair Bolsonaro.

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Apesar da intenção de piada, os compartilhamentos analisados pelo Estadão Verifica indicam que grande parte dos usuários acredita tratar-se de um link noticioso. Menos de 10% dos usuários que visualizaram a manchete pelo Facebook clicaram no link para ler o texto, que, apesar de exagerado, não sinaliza que é uma sátira.

O site tem oito publicações, todas de conteúdo satírico, com exageros e invenções a respeito de ministros do governo federal.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

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