Remédio Dipirona não está infectado com vírus e não é importado da Venezuela

Boato foi um dos mais enviados ao Estadão Verifica, no número (11) 99263-7900

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Por Alessandra Monnerat
Atualização:
 Foto: Estadão

Boato sobre remédio circulou no WhatsApp. Foto: HeungSoon/Pixabay

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Um falso alerta tem circulado no WhatsApp sobre o medicamento Dipirona -- uma voz desconhecida afirma em áudio que o remédio estaria infectado com o vírus Marburg e seria importado da Venezuela, o que não é verdade. A mentira já foi desbancada pelo Ministério da Saúde e pela empresa produtora do produto Dipimed, que aparece em foto associada ao boato.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia confirmado em agosto que a notícia sobre o medicamento infectado era falsa. Não há comprovação de Dipirona alterado com vírus.

A empresa que fabrica o remédio que aparece na corrente de WhatsApp, chamada Medquímica, também negou qualquer tipo de infecção. Em nota, a Medquímica informou que o "medicamento (é) de origem totalmente nacional, registrado na ANVISA sob o nº 1.0917.0015 e comercializado no mercado há mais de 30 anos".

O registro do remédio está disponível no site da Anvisa.

O vírus Marburg, citado no áudio, realmente existe, mas não teve surtos identificados na Venezuela. Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, foram identificados casos em países do continente africano, como Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.

Além de antigo, o boato também é requentado: ele já circulou com uma versão sobre Paracetamol infectado. Outras agências de checagem, como Aos Fatos, Boatos.Org, E-Farsas, Lupa e Fato ou Fake, também desbancaram a mentira.

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