Jornalistas que checam boatos que circulam nas redes sociais muitas vezes se deparam com alegações estapafúrdias. O Estadão Verifica, por exemplo, já publicou checagens sobre "mamadeiras eróticas" distribuídas em creches pelo PT (boato sem fundamento) e sobre um "vencedor de concurso de física quântica" que, na verdade, era um ator pornô.
Há seis anos, a International Fact-Checking Network (IFCN), entidade internacional de cujo Código de Princípios o Estadão Verifica é signatário, premia a checagem mais bizarra no Global Fact 6 Awards. A premiação faz parte de uma conferência global que reúne checadores de fatos de vários países.
Este ano, concorrentes da Colômbia, da Alemanha, da Lituânia e das Filipinas disputam o título de fact check mais bizarro.
O site Colombiacheck desmentiu que uma criança tinha sido batizada com o nome "Netflix de Jesus". Já os alemães do Correctiv provaram que não era verdade que democratas de Nova York celebraram uma legislação pró-aborto com um bolo no formato de um bebê. O lituano DELFI publicou checagem sobre um site que permitia alugar crianças. E o Rappler Inc. mostrou que não existiu um reino pré-colonial chamado Maharlika nas Filipinas.
Mas nem só de boatos bizarros vive o fact checking. A cerimônia no Global Fact 6 também vai reconhecer trabalhos com formatos inovadores e com impacto significativo na sociedade. É possível votar nos prêmios (em inglês) neste link.