PUBLICIDADE

Posts acusam TSE de propaganda pró-Lula em título de eleitor, mas código é gerado aleatoriamente

Código de verificação do documento eleitoral é gerado sem ingerência do Tribunal e serve para verificar autenticidade do título

Por Victor Pinheiro
Atualização:

São enganosas postagens que acusam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fazer propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio de um código de verificação de um título de eleitor emitido em Calçoene, no Amapá. Uma foto compartilhada nas redes sociais e aplicativos de mensagens mostra um documento eleitoral com a identificação PK0+.LULA.PTWV.BU8X, ao lado de um QR Code. Em nota, o TSE explicou que o código é gerado de forma aleatória e sem interferência da Justiça Eleitoral.

PUBLICIDADE

Leitores solicitaram esta checagem pelo WhatsApp, no número (11) 97683-7490.

A sequência de letras e números permite verificar a autenticidade do título do eleitor no site de validação de documentos do TSE. A ferramenta de verificação também solicita o número do título, assim como a data e o horário de emissão do documento. Caso uma das informações seja inconsistente com os dados da Justiça Eleitoral, o portal indica que aquele documento não é válido.

 Foto: Estadão

Os serviços de checagem de fatos da Agência Reuters e do Aos Fatos utilizaram a plataforma de validação de documentos, na semana passada, para confirmar a autenticidade do título de eleitor emitido em Calçoene, cuja foto foi compartilhada na internet.  Nesta quarta-feira, 17, o Estadão Verifica repetiu o procedimento, mas a plataforma acusou que o documento não era autêntico. O TSE informou à reportagem que foi realizada uma nova emissão desse título de eleitor no dia 15 de agosto, portanto, o código que aparece na imagem foi invalidado.

Segundo o Tribunal, a ferramenta de validação de documentos foi criada com o objetivo de facilitar o acesso do eleitorado aos serviços da Justiça Eleitoral e o TSE não usa o sistema para fazer propaganda política. "O Tribunal desmente a alegação de que faria uso do sistema para manifestar qualquer posicionamento político-partidário e/ou passar mensagens subliminares às eleitoras e eleitores", disse a instituição, em nota.

O Estadão Verifica já desmentiu outros conteúdos relacionados ao documento eleitoral. O blog classificou como falsas alegações de que a Justiça estaria cancelando o título de eleitores com mais de 70 anos e de que o aplicativo E-Título, do TSE, seria um programa destinado a monitorar a atividade do usuário sem permissão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.