É falso que eleitor de Belém já tenha votado no segundo turno

Tribunal Regional Eleitoral do Pará esclareceu que não ocorreu fraude e comprovante de votação do dia 30 de outubro foi entregue por engano pelo mesário, pois ambos os recibos ficam juntos no caderno

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Por Renata Leite
Atualização:

Imagem e vídeo que circulam na plataforma WhatsApp mostram o comprovante de votação no segundo turno de um eleitor listado na 1ª Zona Eleitoral de Belém, no Pará. Uma versão afirma que isso é indício de "fraude" e "roubalheira" para beneficiar o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O boato foi desmentido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) em nota divulgada no dia 19 de outubro. Segundo a corte, o recibo da votação do segundo turno foi entregue por engano pelo mesário ao eleitor, pois ambos os comprovantes ficam juntos no caderno de votação.

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O TRE-PA informou ainda que o eleitor foi identificado por meio de biometria (impressão digital) e votou somente uma vez, em 2 de outubro, dia do primeiro turno das eleições gerais. O recurso impossibilita a votação em duplicidade. O tribunal reiterou que não houve fraude e que o processo de votação é seguro por conta de uma série de medidas adotadas a cada votação: a geração de novas mídias com identificação dos candidatos, a emissão das zerésimas - extrato do sistema eletrônico para comprovar que não há nenhum registro de voto no equipamento - e os boletins de urnas no início e no final da votação.

 

O Estadão Verifica tentou falar com o eleitor envolvido, mas não conseguiu contatá-lo até a conclusão deste texto.

Auditorias externas atestaram não ter ocorrido fraude

O Projeto Comprova mostrou que auditorias realizadas antes, durante e depois da votação de 1º turno atestam não ter ocorrido fraude. Em resposta ao Comprova, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmaram não terem encontrado vulnerabilidades capazes de trazer insegurança ao processo. Manifestação no mesmo sentido, por parte da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), foram localizadas em documentos e notas disponíveis na internet.

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