É falso que a Polícia Federal tenha desenterrado 26 caixões cheios de pedras no Amazonas. A informação falsa, divulgada em post com mais de 6 mil compartilhamentos no Facebook, foi desmentida pela PF. Delegado da Superintendência Regional no Estado, Leandro Almada da Costa disse que "a PF no Amazonas jamais realizou diligências nas condições descritas".
A assessoria de comunicação da instituição acrescentou ainda que "qualquer informação que se circule nas redes sociais em nome da Polícia Federal que não tenha partido de nossos canais oficiais é de total responsabilidade de quem a divulgou". Todas as operações da PF são divulgadas em seu site oficial.
Em meio à pandemia do coronavírus, várias publicações nas redes sociais tentam minimizar a gravidade da situação no Brasil, especialmente no Amazonas. O Estadão Verifica já desmentiu dois boatos relacionados a caixões vazios no Estado: um que mostrava uma foto de um caixão com um travesseiro e outro que inventava uma matéria da TV Band sobre o assunto.
O Amazonas tem a maior taxa de mortalidade da covid-19 no País: são 25 óbitos a cada 1 milhão de habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. Nesta terça-feira, 12, somava 1.035 mortes pelo novo coronavírus.
Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.
Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas: apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.