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Dinamarca tem maior mercado de orgânicos do mundo, mas essa modalidade de agricultura não abastece toda a população

Artigo compartilhado no Facebook afirma que país europeu será 100% orgânico até 2020, o que não é verdade

Por Alessandra Monnerat
Atualização:

Vegetais orgânicos comprados na feira do Parque da Água Branca. Foto: Fernando Sciarra/Estadão

Não é verdade que a Dinamarca se tornará o primeiro país "100% orgânico" até 2020, diferentemente do que indica um artigo viral no Facebook. Embora os dinamarqueses tenham, proporcionalmente, o maior mercado de produtos sem agrotóxicos do mundo -- 11,5% das vendas de alimentos no país europeu são de produtos orgânicos -- , o percentual está longe dos 100%.

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A expectativa do conselho dinamarquês de agricultura e alimentos é que, até 2020, 20% da terra cultivável seja destinada à produção de orgânicos. O governo do país europeu desenvolveu várias políticas públicas voltadas para o cultivo sustentável. A Dinamarca foi a primeira nação a desenvolver um plano de ação orgânico, em 1995. 

O investimento dinamarquês no fomento de agricultura orgânica é alto. Por exemplo, entre 2015 e 2018, o governo alocou 4,5 milhões de euros para incentivar a exportação de produtos sem agrotóxicos; 3,3 milhões para estimular o mercado interno de orgânicos; 8 milhões para apoiar o uso de materiais orgânicos em cozinhas públicas; e mais 3,6 milhões para patrocinar fazendas orgânicas e financiar projetos experimentais.

Plano de Ação Orgânico

No Brasil, os produtos orgânicos foram regulamentados pela lei 10.831, de 2003. Segundo a legislação, a agricultura orgânica não utiliza aditivos químicos e se vale de técnicas sustentáveis de cultivo, que buscam não agredir o solo e as águas, assim como as comunidades rurais. O Ministério da Agricultua regula a produção de orgânicos

Este conteúdo foi selecionado para checagem por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook. Folha de S. Paulo e Lupa também publicaram verificações sobre esse assunto.

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