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Conta falsa de Mourão espalha mensagem sobre 'ações enérgicas' após decisão do STF sobre segunda instância

Vice-presidente não publicou tuíte que sugere que o Exército vá tomar medidas contra julgamento do Supremo

Por Alessandra Monnerat
Atualização:

Não é verdade que o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, tenha dito que "algo enérgico" deve ser feito após a mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da prisão em segunda instância. Imagens de uma conta impostora de Mourão no Twitter têm circulado nas redes sociais. Mas o perfil oficial do vice-presidente não publicou nenhuma mensagem desse teor.

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O tuíte falso surgiu após o STF decidir que a execução da pena só pode começar após o chamado trânsito em julgado -- quando todos os recursos são esgotados na Justiça. Em mensagem datada do dia 7 de novembro, o perfil impostor afirma que "o Exército Brasileiro sempre prezou pela democracia", mas "quando um dos poderes extrapola, colocando em risco o bem comum, algo enérgico deve ser feito". A mensagem finaliza com um "mais informações em breve".

Conta falsa de General Mourão espalhou tuíte sobre ações do Exército após decisão sobre segunda instância. Foto: Reprodução/Facebook

Basta observar com atenção para perceber que o nome do usuário é @iagoIV -- o perfil de Mourão no Twitter é o @GeneralMourao. Além disso, a conta impostora não tem o selo de verificação do Twitter, que indica se a plataforma checou a veracidade do perfil.

A única postagem do perfil oficial do General Mourão de 7 de novembro é sobre sua presença na Escola de Aperfeiçoamento de Militares, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, o vice-presidente publicou: "O Estado de Direito é um dos pilares de nossa civilização, assegurando que a Lei seja aplicada igualmente a todos. Mas, hoje, dia 8 de novembro de 2019, cabe perguntar: onde está o Estado de Direito no Brasil? Ao sabor da política?"

O Estadão Verifica também checou tuítes falsamente atribuídos ao assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional Eduardo Villas Bôas. As publicações enganosas também falavam de ações do Exército contra a decisão do STF.

A Agência Lupa também checou esse conteúdo, selecionado para verificação por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook.

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