Carta pró-Lula é falsamente atribuída à cantora Maria Bethânia

Texto viral, na verdade, é de autoria da procuradora aposentada Maria Betânia Silva, que disse ter se surpreendido com repercussão

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Por Alessandra Monnerat
Atualização:

Maria Bethânia participa do show de verão da Mangueira, no Tom Brasil. Projeto de blog de poesias lidas pela cantora foi arquivado sem captar recursos da Lei Rouanet. Foto: Gabriela Biló / Estadão

Uma carta de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está se espalhando pelas redes sociais como se fosse escrita pela cantora Maria Bethânia. No entanto, a autoria do texto é da procuradora aposentada do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Maria Betânia Silva. O MPPE confirmou ao Estadão Verifica que foi a quase homônima da cantora que escreveu o texto viral que "expressa um sentimento pessoal".

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A carta foi publicada após a veiculação da entrevista de Lula aos jornais El País e Folha de S. Paulo. O texto elogia as respostas que o ex-presidente preso deu aos dois jornalistas e termina afirmando: "Lula, eu não solto a sua mão. Ela está para além das grades".

Após saber por amigos que a carta circulava com autoria errada, a procuradora Maria Betânia se manifestou em uma publicação no Facebook. Ela disse que enviou o texto a alguns contatos no WhatsApp e sentiu "desconforto" com a repercussão do boato. "Fiquei um tanto quanto atônita com a rapidez com que as coisas circulam nas redes (algo que eu já sabia porém nunca tinha vivido na pele)", disse ela.

Nas últimas eleições, a cantora Maria Bethânia declarou voto no candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad. No entanto, a artista disse ao Estado não gostar de política. "Fiz a campanha de FHC, fiz a de Lula no primeiro mandato. Portanto, não é a primeira vez que me manifesto. Mas não gosto de política. Não sou nem PT nem partido nenhum", afirmou ela à coluna de Sonia Racy.

Este conteúdo foi selecionado para checagem por meio da ferramenta de fact checking do Facebook -- leia mais sobre a parceria com o Estadão Verifica aqui. Os sites Boatos.Org, Aos Fatos e Polígrafo, de Portugal, também verificaram essa desinformação anteriormente.

Recebeu algum boato no WhatsApp? Envie para o Estadão Verifica: (11) 99263-7900.

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