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Ato em que jovens protestam nus contra governo Temer não fez uso de recursos públicos

Gravação viralizou no Facebook após cortes em orçamento de universidades federais

Por Guilherme Guilherme
Atualização:

Vídeo que viralizou no Facebook com jovens nus na UFMA. Foto: Reprodução/Facebook

Um vídeo que viralizou no Facebook com jovens nus mostra uma manifestação política contra o então presidente Michel Temer no Centro de Ciências Humanas (CCH) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Organizado por alunos, o protesto ocorreu em 2016 e, segundo a instituição de ensino, não fez uso de recursos públicos, ao contrário do que alega o boato.

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Embalado pelo anúncio de corte no orçamento discricionário de universidades federais, o vídeo com as cenas do ato foi compartilhado no Facebook mais de 40 mil vezes na última semana. Nas publicações, usuários da rede social disseram que foi usada verba pública para bancar o evento -- o que não é verdade, de acordo com a universidade e com o diretor do CCH, Francisco Jesus Silva de Sousa.

"Da direção do CCH não saiu um centavo sequer para esse ou qualquer evento, até porque desde 2015 o CCH não recebe da reitoria um centavo para investir nas demandas do Centro" afirmou Silva de Sousa. Por meio de assessoria de imprensa, a UFMA também disse que o ato não contou com respaldo financeiro da universidade.

No vídeo, dois manifestantes nus são observados por algumas dezenas de pessoas enquanto um deles escreve "Fora Temer" nas nádegas do outro. Em fotos do evento também é possível identificar peças de roupas no chão formando a mesma frase.

Organizado por alunos, o ato foi realizado durante o "I Encontro da Juventude Porra Louca", que ocorreu na universidade entre 4 e 5 de agosto de 2016. Na página do evento no Facebook foi divulgada a grade de programação, que contava com a presença de docentes da UFMA e de um professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No entanto, a manifestação contra Michel Temer não estava prevista e nem é possível identificar a participação de professores no ato.

Este conteúdo foi selecionado para checagem por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook (saiba mais aqui). Para sugerir verificações, envie uma mensagem por WhatsApp ao número (11) 99263-7900.

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