Em pleno recesso do Judiciário, Cármen Lúcia está a mil por hora. Além de conceder a liminar favorecendo o Rio e preocupando o governo federal, ela se reuniu hoje mais cedo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para discutir um pacto entre os três Poderes e os Estados que, em resumo, traga para a rotina nacional as ações conjuntas de segurança que foram muito bem sucedidas durante a Copa, a Olimpíada e a Paralimpíada. Esse pacto vem sendo costurado desde outubro, pelo menos, mas ganhou carimbo de urgência diante da chacina do primeiro dia do ano novo em Manaus.
Amanhã, às 6:30, a ministra já amanhece no avião com o primeiro time do CNJ, que ela também preside, para discutir em Manaus com os presidentes dos tribunais regionais de Justiça dos estados do Norte como o Judiciário pode e deve entrar na explosiva questão da segurança pública e do domínio das facções criminosas nas penitenciárias. Devem participar ainda os presidentes do Maranhão e do Rio Grande do Norte, que também enfrentam rebeliões em presídios. Desde sua posse na presidênciado STF, Cármen Lúcia tem dito que essa é uma das suas prioridades e do País.