Ex-ministro da Reforma Agrária do governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área no governo Lula, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implantado o ministério na prática.
Jobim era o preferido por Temer para voltar à Defesa, mas preferiu ficar fora do novo governo, alegando, por exemplo, que sua atuação como advogado-consultor de empreiteiras envolvidas na Lava Jato poderia dar munição a adversários de Temer e dele próprio. Ouvido, ele acertou que dará apoio ao governo como membro do "Conselhão" (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e apoiou o nome de Jungmann "com entusiasmo", segundo articuladores políticos.
A intenção de Temer é manter os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que vêm sendo consultados informalmente sobre os nomes cotados para a Defesa, inclusive o de Jungmann. Eles têm o compromisso de não se meter em questões políticas, nem assumir qualquer lado.
O DEM é outro partido de oposição a Dilma que terá direito a um ministério no virtual governo Temer. Se esse ministério for Minas e Energia, está previamente decidido que a escolha recairá sobre o deputado, engenheiro e professor José Carlos Aleluia (BA), o mais assíduo relator da área de energia em comissões do Congresso. Se for qualquer outra pasta, o nome passa a ser do ex-líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).