PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Acordo na CNA

Pronto, resolvido. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) fechou informalmente um acordo de cavalheiros (ou seria entre cavalheiros e ladies?) com a senadora Kátia Abreu: ela se antecipou e, antes mesmo da reunião de diretoria que definiria seu destino, nesta quarta-feira, enviou mensagens a mais de um dirigente avisando que não queria voltar à presidência da entidade.

Foto do author Eliane Cantanhêde
Atualização:

Isso facilitou muito as coisas, porque livrou a diretoria de ter que tomar a desagradável decisão de vetar a volta de Kátia Abreu à função e poupou a própria Kátia Abreu de ser rejeitada pela diretoria de uma entidade onde já brilhou um dia. O presidente atual, João Martins da Silva Júnior - que já acusou a antecessora de "se afastar do produtor" e de "trair a classe" - passa a ser efetivo.

PUBLICIDADE

Ao ficar até o último minuto no Ministério da Agricultura e assumir a linha de frente contra o impeachment da agora afastada presidente Dilma Rousseff, a senadora sabia que estava dando um passo de alto risco e trilhando um caminho sem volta. Não apenas a CNA, mas praticamente todas as entidades e todos os setores do agronegócio se manifestaram favoravelmente à queda de Dilma.

Agora, Kátia Abreu, que mantém o mandato no Senado, precisa definir uma outra situação delicada: o seu destino partidário. Como ela ficou no governo Dilma até o último minuto, também bateu de frente com o PMDB e com o presidente licenciado do partido, Michel Temer. Logo, não tem ambiente para ficar no partido. Antes de ser do PMDB, ela foi do PFL, do seu sucedâneo, o DEM, e por fim do PSD.

 

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.