No fim, houve um grande barulho para quase nada. Castro ficou em terceiro lugar com 50 votos a menos que Rodrigo Maia, o primeiro colocado. Digamos que não fez cócegas na estratégia do Palácio do Planalto de influir na eleição sem querer, querendo. Os outros candidatos tiveram votações pífias, mas alguns deles _ todos localizados na base aliada do governo _ poderão no segundo escrutínio (e principalmente nesse intervalo agora) a oportunidade de negociar os respectivos cacifes.
Ganhe Rodrigo ou Rosso, para o Planalto tanto faz. Já para a Câmara, haverá diferença. Embora tenha mais tempo de Casa que o adversário, deputado federal de primeiro mandato, Rodrigo Maia não se notabiliza exatamente pela habilidade no trato ao semelhante e, por isso mesmo, não priva de muita simpatia entre os pares. Pela trajetória do deputado é possível projetar um período marcado por turbulências internas. Já Rogério Rosso é comedido, paciente e tenderia a cumprir um papel mais discreto. Por isso, é o preferido do Planalto.