Acuado por economistas, empresários, políticos e panelaços, Jair Bolsonaro deflagrou campanha para tentar convencer os brasileiros de que vai tudo bem com a vacinação no País. Em nova narrativa apresentada à praça pela Secom, ele sempre se preocupou e defendeu a vacina. Não é bem assim. Em um ano de pandemia, apenas 2,4% das publicações do sempre ativo Bolsonaro em redes sociais tratavam de vacinação contra a covid-19, segundo a consultoria Bites. Pior: algumas dessas postagens criticavam a Coronavac e a vacinação obrigatória.
Prioridades. De março de 2020 até o último dia 19, portanto antes de o governo federal deflagrar a campanha, foram 4.822 posts, 115 tratando de imunizantes.
Quer dizer. A maioria dessas publicações de Bolsonaro, 97, era sobre alguma informação ou anúncio de ação (exemplo: Ministério da Saúde comprou vacina X). As demais foram críticas à vacinação obrigatória (8) e à Coronavac (10), bancada por João Doria.
Empate técnico. Foi pequena a diferença de publicações entre cloroquina (109) e vacina, sendo que a primeira não tem eficácia comprovada.
Cortina de fumaça. "Bolsonaro dispersou a atenção dos seguidores e de quem gostaria de uma posição oficial do governo sobre temas importantes, como a vacinação", disse Manoel Fernandes, diretor da Bites.
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Indefinição. De Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems, sobre a demora na posse do novo ministro da Saúde: "Todos ficam aguardando o que pode mudar com Marcelo Queiroga. Instabilidade geral de quem fica e quem sai. E em um momento que não dá para esperar."
SINAIS PARTICULARES.Marcelo Queiroga, indicado para o Ministério da Saúde
CLICK. Dias Toffoli (abaixo, à esq.) participou de reunião com o Prerrogativas. Foi o segundo ministro do STF a conversar com o grupo em três dias. Na pauta, discussão sobre o sistema judiciário e Lula.
PRONTO, FALEI!
Cristovam Buarque, ex-senador: "Quem reconhecerá primeiro o erro de seu governo: Jair Bolsonaro, de que não enfrentou a epidemia; ou o PT, de que não enfrentou a corrupção?"
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA
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