Coluna do Estadão
25 de agosto de 2016 | 11h13
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin, relator do processo que envolve o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no âmbito da Operação Acrônimo, pretende tirar o sigilo do material contra o petista.
O STJ volta a discutir na próxima quarta-feira, 31, se a Assembleia Legislativa precisa ou não dar aval para a abertura de uma ação penal contra Pimentel, o que levaria a seu afastamento do cargo. Somente após essa questão ser definida é que o sigilo será retirado.
O governador mineiro é alvo de denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por suspeita de receber propina para beneficiar a Caoa, representante da montadora Hyundai no Brasil, quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no primeiro mandato da presidente da República afastada, Dilma Rousseff.
Pimentel é investigado ainda em outros três inquéritos derivados da Acrônimo, operação que apura desvio em contratos públicos para abastacimento de campanhas eleitorais.
De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República, Fernando Pimentel recebeu R$ 2 milhões por intermédio do empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, também denunciado. Em troca, a PGR diz que ele beneficiou a Caoa com programa de isenções fiscais.
Pimentel nega todas as acusações. (Daniel Carvalho)
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