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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Senado vota nomeações sem consultar Bolsonaro

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Por Redação
Atualização:

Plenário do Senado Federal Foto: André Dusek/Estadão

Mesmo com Jair Bolsonaro já eleito, o Senado está aprovando a toque de caixa indicações para cargos públicos feitas pelo governo Michel Temer, atendendo a pedidos de políticos da sua base de apoio. Nos últimos dois dias, o plenário aprovou extrapauta dez nomes para cargos em sua maioria com mandato, o que impede que o novo presidente os troque. Entre o primeiro e o segundo turno da eleição, o Senado montou quase toda a Agência Nacional de Mineração (ANM). Ontem, aprovou Victor Bicca para diretor-geral do órgão regulador.

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Mais embaixo. A recém-criada ANM substitui o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O órgão responsável por emitir autorizações de pesquisa e exploração mineral em todo o País terá todos os diretores indicados na gestão Temer.

Antes que acabe. Além dos nomes para a agência reguladora, o plenário do Senado aprovou entre terça e quarta-feira sete indicações para embaixadas, um para o Superior Tribunal Militar e outro ao Tribunal Superior do Trabalho. Todos estavam há meses na gaveta.

Na fila. Na próxima semana, o Senado deve aprovar o nome de Moisés Moreira para diretor da Anatel. Sua sabatina já foi marcada para terça-feira, 6.

É tudo nosso. O atual governo chegou a afirmar que iria deixar as vagas em aberto para o sucessor de Temer preencher. Mudou de ideia. "Não vamos deixar nada aberto. Vamos governar até o fim", avisa o ministro Carlos Marun.

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No escuro. Temer vai aguardar a reunião com Bolsonaro para decidir se toca a reforma da Previdência ou não. A avaliação no Planalto é de que não há clareza sobre a intenção do eleito.

Sem voz. O PT teme perder a liderança da minoria no Senado, dada ao maior partido da oposição. Se MDB e PSDB de fato se opuserem ao governo Bolsonaro, terão bancadas maiores do que a petista.

Chega de briga. O MDB no Senado concluiu que, se continuar dividido na disputa pelo comando da Casa, pode abrir brecha para um aliado de Bolsonaro se eleger para a vaga.

Sobra. Na partilha de cargos no governo Bolsonaro, sobrou para o advogado Gustavo Bebianno a Secretaria-Geral da Presidência. O cargo é responsável pela burocracia do Planalto, como a compra de mobiliário.

Viúva Porcina. Bebianno havia sido cotado para a pasta da Justiça, vaga oferecida a Sérgio Moro. Para aceitar, o juiz espera de Bolsonaro compromisso público de que vai para o STF.

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Decano. Por ser mais experiente, Eduardo Bolsonaro vai permanecer como líder do PSL na Câmara.

Mistério. Ana Paula Vescovi confirma a interlocutores ter recusado convite do governador eleito do Rio Wilson Witzel para a Secretaria de Fazenda, mas quando é perguntada sobre se fica no governo Bolsonaro não comenta.

CLICK. Futuro ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes já foi garoto-propaganda de uma marca de travesseiros. A unidade custa R$ 85 na internet.

FOTO: Mercado Livre  

Top secret. Os nomes dos indicados para a equipe de transição serão submetidos ao escrutínio da Abin. Será mantido sigilo para não haver constrangimentos caso algum seja vetado.

Só por foto. Michelle Bolsonaro, mulher de Jair Bolsonaro, ainda não conversou com a atual primeira-dama, Marcela Temer. Os maridos só se falaram rapidamente por telefone e devem se reunir quarta-feira.

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SINAIS PARTICULARES: Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama; por Kleber Sales  

Fortaleza. A estrutura da Força Nacional para proteger o gabinete de transição contará com 72 profissionais de segurança em esquema de patrulhamento ostensivo e rondas, quatro viaturas, além de uma base operacional alocada em um contêiner.

PRONTO, FALEI! 

Deputado Jerônimo Goergen Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

"A eleição de Bolsonaro muda o rumo do País porque dá voz às maiorias. Antes, eram nichos e grupos que pressionavam e governavam",  do deputado federal reeleito Jerônimo Goergen, cotado pela o Ministério da Agricultura, sobre o presidente eleito.

COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA

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