Luiza Pollo
19 Janeiro 2018 | 05h30
A saída do senador José Serra (PSDB) da disputa ao governo de São Paulo, adiantada ontem pelo ‘Estado’, empolgou o prefeito João Doria a entrar de cabeça na briga pelo Palácio dos Bandeirantes, mesmo contra o aliado Márcio França (PSB). Antes do anúncio de Serra, Doria e seu vice, Bruno Covas, almoçaram com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Prefeitura. Ouviram conselhos de que um bom candidato precisa fazer alianças para que a campanha ganhe musculatura. A conversa girou em torno do cenário para o Estado e o País.
No páreo. Para se viabilizar candidato, Doria precisa dialogar com possíveis adversários tucanos: o cientista político Luiz Felipe d’Ávila, o secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, e o ex-senador José Aníbal.
Quem, eu? Indagado, Doria negou que sua candidatura ao governo tenha sido o tema do almoço de FHC.
Agora, vai. O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) começou uma ofensiva nos ministérios para identificar a capacidade orçamentária das pastas e conseguir aprovar a reforma da Previdência.
Cofre cheio. A intenção do governo é distribuir de R$ 10 a R$ 15 milhões em investimentos para o parlamentar que votar a favor da proposta. O esforço é para liberar R$ 3 bilhões para convencer os deputados.
Que crise? Cada parlamentar já tem direito hoje a um repasse de R$ 15 milhões em emendas. Ao todo, quem apoiar a Previdência terá um saldo de R$ 30 milhões para gastar no Estado em pleno ano eleitoral.
Deu ruim. A declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre o Bolsa Família escravizar beneficiários recebeu críticas até de aliados. Admitiram que a frase não agrega nada à campanha presidencial.
Na mira. Os quatro vice-presidentes da Caixa afastados sob suspeita de corrupção serão alvo da Comissão de Ética Pública, no dia 29.
Investigados. Dois deles já respondiam a processos no colegiado. Antonio Carlos Ferreira e Deusdina dos Reis Pereira podem ser punidos com censura pública.
Ajuda do FBI. O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, acertou com o FBI a participação de um grupo de especialistas em fake news e dark web para elaborar um diagnóstico da utilização de informações falsas no Brasil.
Novos crimes. O trabalho com os policiais americanos começa antes do carnaval e conta com o apoio discreto do futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux. O ministro tem pressa para enviar ao Congresso um projeto de lei que tipifica os crimes de disseminar dados falsos pela internet.
CLICK. O apresentador Ratinho aconselhou Temer a reduzir em 30% o imposto sobre a panela de pressão para ajudar as pessoas a economizar no gás de cozinha.
Má vontade. A substituição de Jairo de Souza da Silva da superintendência da PF no Rio por Felício Laterça contou com a pressão do ministro Raul Jungmann (Defesa), que se queixou a Temer da falta de colaboração do policial.
Instagram. Em campanha para se distanciar da imagem de Temer, Renan Calheiros descobriu um canal para criticar o ex-aliado. Em nove meses, publicou 17 vídeos contra o presidente.
SINAIS PARTICULARES. Renan Calheiros, senador, e Michel Temer, presidente da República. Ilustração de Kleber Sales.
PRONTO, FALEI!
“Não existe cadeia boa, mas em Curitiba deve estar um clima mais ameno. Anda muito quente no Rio”, DO DEPUTADO FEDERAL MIRO TEIXEIRA (REDE-RJ), sobre a mudança de presídio do ex-governador Sérgio Cabral.
COM NAIRA TRINDADE (EDITORA INTERINA) E REPORTAGEM DE LEONEL ROCHA E ISADORA PERON.