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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

'Segunda onda' coloca secretários em alerta

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Ascom Conass

Enquanto Jair Bolsonaro se apressa em decretar que a pandemia está no fim, secretários de Saúde estão em alerta quanto à possibilidade de uma segunda onda da covid-19. Os sinais, dizem, são claros: a doença não é página virada e a vacina ainda não está pronta. Para piorar, pesquisa estrangeira indica uma provável mutação do coronavírus que agora circula pela Europa. Segundo Carlos Lula, do Conass, se o estudo for confirmado, será necessário fechar nossas fronteiras e restringir o tráfego aéreo no Brasil novamente: "Não haverá outro jeito".

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Já... O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está atento ao que acontece nos EUA e na Europa, onde recordes negativos da covid-19 estão sendo batidos quase diariamente. O governo federal e também o Congresso, por ora, fazem vistas grossas.

...vi... Esse cenário preocupante será tema de encontro da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que deve ocorrer nas próximas semanas.

...esse filme. Segundo apurou a Coluna, o governo Jair Bolsonaro ainda não trabalha com a possibilidade de fechar fronteiras ou de restringir o acesso de estrangeiros ao Brasil neste verão. Sequer cogita a hipótese neste momento.

Sete ondinhas. Como a Coluna mostrou em entrevista recente com Miguel Nicolelis, coordenador do Comitê Científico do Nordeste, há temor especial com as viagens de verão e as festas de final de ano.

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Não acabou. Em movimento semelhante ao ocorrido no primeiro semestre, UTIs de hospitais particulares de ponta de São Paulo estão cheias. Muitos casos são de pacientes de outros Estados que buscam atendimento na capital paulista.

Vocês querem... Do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), sobre as cabeçadas do governo no episódio do decreto das UBS: "Recuar, para Bolsonaro, é um método. Os sucessivos decretos sobre as armas mostraram isso didaticamente."

...bacalhau? O "método" do presidente traz à memória a máxima de Abelardo Barbosa (1917-1988), o Chacrinha: eu vim para confundir, não para explicar.

SINAIS PARTICULARES. Jair Bolsonaro, presidente da República

Ilustração: Kleber Sales  

Encaixe. Cresceu a percepção até entre os adversários de que a campanha de Márcio França (PSB) "encaixou". Se ele não cometer nenhuma barbeiragem e mantiver a toada, são boas as chances de chegar ao segundo turno na eleição para prefeito de São Paulo.

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Encaixe 2. Qual o segredo da campanha de França? 1) o tarimbado político adotou uma naturalidade ao se comunicar com o eleitor; 2) tem sido eficiente ao atacar adversários que, ora se escoram, ora se esquivam de padrinhos; 3) está "chutando" com a direita e a esquerda.

Ainda pulsa. Por ora, a campanha eleitoral em São Paulo vem mostrando que o horário obrigatório de TV e de rádio ainda tem grande força junto aos eleitores.

CLICK. Bruno Secco com Jair Bolsonaro. Em dois anos, uma transformação radical: até 2018, ele estava em campo contrário ao do presidente e elogiava a esquerda.

Reprodução/Instagram  

Radical. Candidato a vereador em Santos, Bruno Secco (PP) veste o figurino do "bolsonarista": armamentista e contra a "vacina chinesa". Porém, vejam que transmutação curiosa: até 2017, ele era assessor de Telma de Souza (PT) e elogiava estrelas da esquerda, como Flávio Dino (PCdoB). Ah, em 2018, fez campanha contra Jair Bolsonaro...

PRONTO, FALEI! 

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Roberto Freire. Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Roberto Freire, presidente do Cidadania: "O general vice-presidente contesta o capitão presidente em inversão de poder de mando. Sem rumo, 'la nave va'", sobre Hamilton Mourão e Bolsonaro.

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU GUILHERME BIANCHINI.

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