Os conselhos que reúnem secretários municipais e estaduais de Saúde foram pegos de surpresa e sinalizaram com contundência a insatisfação com a orientação publicada pelo Ministério da Saúde sobre suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades. Antes de seguir a Anvisa e anunciar a defesa da continuidade da vacinação, as entidades tiveram de lidar ao longo da quinta-feira, 16, com uma enxurrada de dúvidas e reclamações de municípios do País inteiro a respeito do que fazer com a orientação pouco explicativa por parte do governo.
Precedente. O ministério "atropelou" o acordo de que notas como essa seriam previamente discutidas e aprovadas em conjunto com o Conass e o Conasems. Gestores temem que isso se repita, sobretudo após a fala do ministro acusando-os de usar vacinas não autorizadas.
Desencontro. "Milhares de municípios já estavam vacinando e de repente recebem a orientação de suspender sem uma motivação plausível. Alguns pararam, outros não. Uma decisão como essa põe em dúvida todo o plano de imunizações", disse Willames Freire, do Conasems, à Coluna.
Olho no olho. Os conselhos chegaram a pedir para adiantar uma reunião prevista para hoje, 17, com a pasta e membros da assessoria do PNI para discutir as justificativas técnicas que nortearam a decisão e reclamar com o ministério pela decisão unilateral.
No ataque. Apesar das muitas pressões contrárias, Jair Bolsonaro deve sancionar sem vetos a Lei do Mandante, dizem deputados.
Save the date. Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, convidou o cientista político Luiz Felipe d'Avila para se filiar ao partido. O fundador do Centro de Liderança Política (CLP) ficou de pensar com carinho.
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG E MATHEUS LARA
PRONTO, FALEI!
Daniel Coelho, deputado federal (Cidadania-PE)
"Já morreram 589 mil pessoas de covid-19 no País. O presidente da República não se vacinou. Ele, com boa parte de seus apoiadores, defende isso como virtude."