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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Saques em dinheiro vivo por partidos nos últimos sete anos chega a R$ 5,3 mi

Por Camila Turtelli , Matheus Lara e Gustavo Côrtes
Atualização:

Partidos sacaram R$ 5,3 milhões em dinheiro vivo das suas contas nos últimos sete anos, aponta levantamento feito pelo Transparência Partidária. Desse total, R$ 3,8 milhões vieram de recursos públicos (fundos eleitoral ou partidário) e o restante não tem identificação de fonte. O recorte apontou 97 saques acima de R$ 10 mil, sendo o maior no valor de R$ 158 mil. A prática não é ilegal, mas tem regras. Siglas podem tirar dinheiro para compor uma caixinha de despesas de pequeno valor, que não excedam R$ 400. "Em tese, essas transações teriam de ser objeto de diligência no exame das contas realizado pela Justiça Eleitoral", disse o fundador do Transparência, Marcelo Issa.

 Foto: Dida Sampaio/Estadão

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PIX. Para Issa, é preciso aprimorar a regulação e os mecanismos de registro desse tipo de transação, para se ter mais transparência e melhor controle. "Ainda mais com mecanismos eletrônicos de pagamento que permitem mais transparência e rastreabilidade."

RANKING. O PT é o campeão dos saques com R$ 1,4 milhão, atrás do Progressistas com R$ 963 mil. Foram ainda encontrados 73 saques com identificação do responsável no período, a grande maioria no Rio Grande do Sul.

VINGANÇA. O PT disse que, embora não haja ilegalidade, vem adotando medidas que reduziram este recurso, como o uso de cartão de débito para pagamento de refeições de funcionários e dirigentes em viagens a serviço do partido e que total de saques em espécie em 2021 e 2022 foi zero.

REALIDADE. Apesar do discurso sobre apoiar um único candidato com os demais partidos do chamado "centro democrático",  o União Brasil vem enfrentando resistências internas, principalmente na bancada federal do partido sobre levar em frente essa decisão.

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ME DEIXA. Quadros do União não querem o compromisso de apoiar um único candidato na esfera nacional e preferem que a sigla libere seus filiados a terem posições próprias, o que já foi acordado, por exemplo, como os membros do MBL que entraram para o partido.

PÁGINA VIRADA. Especialistas que se sentaram com o ex-juiz Sergio Moro para planejar suas propostas ainda no Podemos já veem o ex-ministro, agora no União Brasil, como passado na disputa presidencial e até falam em sugerir seus projetos a outros presidenciáveis que seguem na disputa.

TÁ VENDO. A greve do Banco Central deve ser usada como argumento de políticos que se preparam para defender a proposta de emenda à Constituição (PEC) para esvaziar o poder de agências reguladoras.

APRESENTAÇÃO. O texto da PEC, antecipada pela Coluna no mês passado, deve ser divulgada na semana que vem em Brasília, no evento promovido pelo Instituto Unidos Brasil (IUB) para falar sobre os temas considerados prioritários para o ambiente de negócios.

SINAIS PARTICULARES (Por Kleber Sales). Sergio Moro, ex-ministro da Justiça.

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PRONTO, FALEI. Roberto Freire, presidente do Cidadania

 Foto: JF Diorio/Estadão

"Infelizmente tivemos erros no enfrentamento da corrupção. Talvez Moro devesse ter ficado como juiz, no Judiciário. Foi um erro ser ministro de Bolsonaro"

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