O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informou há pouco que as sessões presenciais do Senado só serão retomadas após a eleição, em 2 de outubro. Com isso, a sabatina dos dois nomes escolhidos por Jair Bolsonaro para ocupar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) só deverá ocorrer depois do pleito.
Pacheco alegou que a decisão se deve à necessidade de quórum qualificado para sessões presenciais, como as de sabatinas de autoridades. Mas nos bastidores há queixas de aliados, principalmente de Davi Alcolumbre (União-AP), quanto ao atraso de Bolsonaro na decisão sobre os ocupantes da segunda mais importante corte do País.
O presidente estava com a lista de indicados para o STJ desde maio, mas só anunciou ontem os dois escolhidos. A primeira etapa da sabatina no Senado ocorre na Comissão de Constituição e Justiça, que é presidida por Alcolumbre.
Os dois juízes apontados por Bolsonaro são Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues, alinhados ao ministro Kassio Nunes Marques, do STF, também indicado pelo presidente. A opção de Bolsonaro desagradou ao decano da Corte, Gilmar Mendes, que havia sugerido o desembargador Ney Bello para uma das vagas.
A expectativa no meio político é que, ao se dar após a eleição, a sabatina dos dois selecionados por Bolsonaro já ocorra sob nova composição de forças no Parlamento. E talvez até no Executivo, caso a eleição termine no primeiro turno, como deseja Luiz Inácio Lula da Silva (PT).