Juliana Braga
19 de junho de 2019 | 18h59
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) protocolou nesta quarta-feira, 19, o pedido de arquivamento da sindicância sobre o voto a mais na eleição para a presidência do Senado. Em fevereiro, a primeira tentativa de votação foi anulada porque, ao abrir a urna, foram identificados 82 cédulas, sendo que há apenas 81 senadores. O pleito foi anulado e um segundo acabou com a desistência de Renan Calheiros (MDB-AL) e a eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Segundo o parlamentar relator da investigação, não é possível ter certeza plena da ocorrência de dolo. No relatório, ao qual a Coluna teve acesso, ele justifica que as imagens são inconclusivas. “Infelizmente não foi possível obter imagens de todos os senadores votantes que mostrassem, com clareza cristalina, o momento do voto dado com o devido envelope oficial”, afirma.
Com o argumento de que a penalidade para a fraude seria grave, ele encaminha ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o pedido de arquivamento. “Sendo assim, muito embora as imagens pudessem sugerir com mais ênfase a participação de algum senador, penso que a gravidade da pena, que poderia chegar até à cassação do mandato, nos impõe a exigência de mais do que uma leve ou forte suspeita, mas de uma certeza plena da ocorrência do dolo, estando em jogo o valor máximo da democracia que é a soberania do voto popular, expresso pela vontade dos eleitores”, pontua. (Juliana Braga)
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