Emissários do presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele recuou da ideia de conceder um reajuste maior para todas as carreiras de segurança pública. A ideia, conforme definido em reuniões que aconteceram ao longo do dia de ontem, é garantir a reestruturação da carreira apenas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O aumento, neste caso, é estimado em cerca de 20%.
As outras polícias, como a PF, teriam o aumento de 5%, como já decidido em abril, da mesma forma que será para as demais categorias de servidores públicos.
O entendimento já provoca reação entre membros da bancada de segurança pública. Representantes do grupo ainda querem se reunir diretamente com o presidente Jair Bolsonaro para tratar do assunto, por avaliarem que um acordo foi quebrado.
A avaliação é que prevaleceu entendimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, que sempre advogou por um reajuste linear de 5%.
A informação sobre a decisão de Bolsonaro foi dada em caráter reservado a pessoas próximas pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, que prepara uma medida provisória para viabilizar o reajuste.
O governo tinha fixado como prazo definir até amanhã o reajuste do funcionalismo, para encaixar os gastos no relatório de receitas e despesas deste bimestre e não correr risco de ser brecado pela legislação eleitoral. Só o aumento acima de 5% para os policiais rodoviários federais deverá custar R$ 500 milhões.
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