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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Prova da FAAP usa texto que chama Bolsonaro de 'boçal' e seu eleitor de 'desorientado'

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Por Andreza Matais
Atualização:

SINAIS PARTICULARES. Jair Bolsonaro, candidato do PSL; por Kleber Sales.  

O colégio Faap de Ribeirão Preto incluiu numa prova aplicada aos alunos do 3.º ano e cursinho, domingo, dois textos publicados na imprensa críticos a Bolsonaro. Num deles, da escritora Tati Bernardes, os eleitores do candidato são chamados de "desorientados" e ele, de "boçal". O outro, do servidor federal Celso Rocha de Barros, garante que, se eleito, Bolsonaro dará um golpe de estado. "Se você quiser eleger Bolsonaro, aproveite, porque deve ser seu último voto", diz no primeiro parágrafo.  As questões sobre os dois textos se restringiram à gramática, sem conotação política.

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O diretor-geral da escola, Lafayette Tourinho Neto, disse à Coluna que "respeita a autonomia dos professores", mas, nesse caso, houve um "erro grave". "Os textos são dogmáticos, agressivos e ofendem os eleitores do candidato. Não havia contraponto. Foi uma infelicidade grave", considerou.  O diretor vai convocar o corpo docente para uma reunião sobre o episódio.  "A escola agrediu dois princípios: respeito à pluralidade e ao próximo. Vamos refletir sobre isso." (Andreza Matais)

 

A FAAP divulgou a seguinte nota:

A FAAP, como instituição acadêmica, tem promovido o debate político, recebendo a maioria dos candidatos para sabatina com alunos e convidados, em coparticipação com o Jornal "O Estado de São Paulo". A propósito de uma prova realizada no último dia 23 de setembro neste Colégio FAAP de Ribeirão Preto, em que foram reproduzidos textos com opiniões políticas veiculadas na mídia nacional, a Fundação reitera sua posição apolítica e totalmente voltada ao conhecimento acadêmico, esclarecendo que o texto lá reproduzido não reflete a neutralidade da Instituição.

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