Após o processo de fritura ao qual foi exposto o Ministério Público Federal em Curitiba por conta do fundo da Lava Jato, começa a se consolidar o protagonismo da Polícia Federal (PF) nas delações premiadas.
As informações que subsidiaram a prisão do ex-presidente Michel Temer ontem foram obtidas em acordo homologado pelo ministro Luís Roberto Barroso em agosto do ano passado, dois meses após o Supremo Tribunal Federal liberar a corporação a celebrar esses entendimentos. E não para por aí. Há mais de um acordo sendo negociado neste momento pelo grupo da PF que lida com autoridades com foro.
A operação nasceu das informações fornecidas ao Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) da PF pelo ex-executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho. Quando Temer perdeu o foro, os dados foram encaminhados para o Rio. Só então o Ministério Público aderiu. (Juliana Braga)