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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Prefeitos temem não conseguir pagar salários de maio

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Por Redação
Atualização:

 

 Foto: Oscar Jupiracy/Prefeitura de São Bernardo

A demora do presidente Jair Bolsonaro em sancionar a lei que autoriza o repasse direto da ajuda de R$ 60 bilhões para Estados e municípios enfrentarem os efeitos da covid-19 deixou prefeitos de todo o País em estado de alerta. Entidades municipalistas afirmam que pode haver atrasos nos pagamentos dos salários de maio dos servidores. As cidades têm sofrido com a queda na arrecadação e contam com o auxílio federal para recuperar seus caixas. Bolsonaro tem até quarta-feira para sancionar a proposta - que já está em sua mesa há quase 20 dias.

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In loco. Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi, o atraso tem impactos diretos na economia local. Ele lembra que os profissionais da Saúde também poderão ser atingidos.

Não dá. "A falta de previsibilidade não vai ajudar na retomada da economia, como o governo quer", disse à Coluna Gilberto Perre, secretário-executivo da Frente Nacional de Prefeitos.

Lentidão. Segundo Aroldi, o Ministério da Economia informou que, a partir da sanção, pode-se demorar cerca de sete dias para os valores chegarem nos cofres dos municípios. Assim, os salários correm o risco de ficar para depois do quinto dia útil de junho.

Torneira secou. As duas entidades destacam que, mesmo com a recomposição de receitas que caíram e a ajuda do governo federal, os municípios deverão enfrentar ainda mais dificuldades a partir do segundo semestre.

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Breu. "Até agosto vamos sobreviver, mas, depois, não há nenhuma ajuda prevista", afirmou Aroldi.

Mudança. O Conselho Federal da OAB se reuniria virtualmente hoje para votar a autorização para conselheiros concorrerem ao STJ.

Como é? Mas a sessão foi cancelada na véspera por questões sanitárias. Apesar de a reunião ser virtual, exigiria alguns funcionários na sede da Ordem. Reservadamente, advogados atribuem o adiamento à pressão: a mudança não é consenso.

Hoje não. Conselheiros esperavam ainda poder discutir o impeachment de Bolsonaro na reunião.

CLICK. Amigo de Bolsonaro, o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) pegou carona no sobrevoo presidencial para ver o ato pró-governo. Mas não usaram máscaras, o que é obrigatório em Brasília.

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 Foto: Reprodução/Instagram

Vitória? No mesmo dia em que os EUA proibiram a entrada de estrangeiros provenientes do Brasil, Ernesto Araújo comemorou a doação de mil respiradores de Donald Trump ao Brasil.

Jogo... Uma ala da PGR defende que a Lei de Abuso de Autoridade, citada por Bolsonaro em referência à divulgação do vídeo da reunião, pode acabar sendo usada contra ele mesmo.

... virou? A lei diz que exigir informação ou cumprimento de obrigação sem expresso amparo legal pode levar a uma pena de detenção de seis meses a dois anos, mais multa. Segundo Sérgio Moro, Bolsonaro teria pedido acesso a investigações da Polícia Federal.

Xadrez. Um subprocurador acha que o trecho, nesse caso, não se aplica, porque cobrar informações é "rotina" no Executivo.

Checagem. O deputado Fábio Trad (PSD-MS), que atuou na elaboração da lei, disse que falta comprovar que o presidente "exigiu" ter acesso a mais dados.

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Casos... O senador Nelson Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, publicou em seu Twitter que procuraria Ernesto Araújo para cobrar a participação do Brasil na busca mundial pela vacina contra a Covid-19

... de família. Seu primo, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) o desencorajou, porém. "Não vai adiantar nada. O ministro acha que o vírus é comunista. Melhor você perder tempo com outra coisa", escreveu. O encontro, porém, foi marcado para esta semana.

SINAIS PARTICULARES.Fábio Trad, deputado federal (PSD-MS)

Ilustração: Kleber Sales  

Tá tranquilo. O Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) fez uma pesquisa com 54 das maiores empresas do setor para saber se faltavam insumos para produção de remédios na pandemia. Só 3% disseram que sim.

BOMBOU NAS REDES!

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João Amoêdo. Foto: Helvio Romero/Estadão

João Amoêdo, fundador e ex-presidente do Novo: "Como nação, não podemos mais acreditar em 'jeitinhos', seguir atalhos, buscar salvadores da pátria e aceitar com naturalidade absurdos. O potencial do brasileiro é enorme. Precisamos trabalhar diariamente na construção do Brasil que merecemos. E isso começa com cada um de nós."

COM REPORTAGEM DE MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA (O EDITOR ALBERTO BOMBIG ESTÁ EM FÉRIAS)

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