A chapa do PT em Minas está em pé de guerra. A campanha de Dilma Rousseff acusa a do governador Fernando Pimentel de ter errado ao indicar o deputado federal Miguel Corrêa para disputar ao lado dela a eleição ao Senado. Além de não agregar votos, dizem, Corrêa ainda envolveu o partido num escândalo. Ele é dono de duas empresas acusadas de fazer propaganda eleitoral irregular nas redes sociais. "Pimentel erra demais", diz um dilmista. O time do governador devolve: "Ela e o povo dela deveriam ter ajudado a escolher um nome melhor".
Vai encarar? O grupo pró-Pimentel diz não acreditar que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, vai cumprir a ameaça de retirar a candidatura de Corrêa ao Senado. Motivo: como ele já pediu o registro ao TRE, só sai da disputa se renunciar ou for expulso da sigla.
Vai vendo. Corrêa foi escolhido para a vaga na última hora após o PT ficar sem opção de aliança. O deputado tem afirmado que suas chances são maiores do que as de Dilma, embora ela lidere as pesquisas.
Tiro... A campanha do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) que começa a rodar amanhã na TV vai responsabilizar Dilma Rousseff e Michel Temer pelos problemas que o País está enfrentando.
...ao alvo. Coordenadores da campanha de Geraldo Alckmin mostraram ontem algumas peças do programa de TV a 40 agentes do mercado financeiro. Os tucanos têm feito uma ofensiva no setor para barrar a paquera dos investidores com Jair Bolsonaro (PSL).
Cheguei primeiro. Foi Ciro Gomes falar em implementar o Sistema Único de Segurança Pública que Michel Temer, com quem vive às turras, correu para viabilizar o que ainda falta. Quer anunciar os integrantes do conselho que vai gerenciar o Susp na segunda quinzena de setembro com pompa e circunstância.
Likes. A campanha de João Amoêdo (Novo) gasta R$ 5 mil por dia para impulsionar publicações nas redes. Sua equipe diz, porém, que 80% das interações são espontâneas. Só esta semana, o número de curtidas no Facebook cresceu 22%, chegando a 2,1 milhões.
Cabo de guerra. A proposta de orçamento da procuradora Raquel Dodge para o Ministério Público da União (MPU) foi parar no Supremo. Raquel entrou com mandado de segurança ontem após o conselheiro do CNMP, Dermeval Gomes, ingressar com liminar por uma divisão mais simétrica dos valores.
Climão. Os Ministérios Públicos do Distrito Federal, do Trabalho e Militar alegam que o rateio com os órgãos foi desproporcional em relação ao destinado ao MPF. O ministro Luiz Fux, do Supremo, enterrou a discussão ontem mesmo ao cassar a liminar do CNMP.
CLICK. O comercial partidário do presidenciável Henrique Meirelles (MDB), que será veiculado no rádio e TV hoje, vai dizer que "chamaram ele para consertar os erros da Dilma".
Silêncio. Fernando Henrique Cardoso não enviou seu voto na eleição da Academia Brasileira de Letras (ABL), que ontem escolheu o cineasta Cacá Diegues como imortal. Onze candidatos concorreram. Procurada, a assessoria do ex-presidente não ligou de volta. A assessoria de FHC entrou em contato hoje com a Coluna e informou que ele encaminhou seu voto, mas que a votação é secreta. A Coluna apurou que ele votou em branco.
OS PRESIDENCIÁVEIS:
Crise de identidade. Das 25 ações para impedir a venda de três distribuidoras da Eletrobras que a AGU derrubou até ontem, uma chamou a atenção. O Diretório do PSDB em Rondônia tentou barrar o leilão da Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia).
Suspense. Um ministro do TSE ouvido pela Coluna quer que a Corte julgue hoje apenas a liminar para barrar a participação de Lula do horário eleitoral. "Se Barroso quiser votar o mérito do registro, sem observar ritos e prazos, não passa", disse.
PRONTO, FALEI!
"A inelegibilidade de Lula é irrefutável. É como olhar para uma mangueira e achar que vai sair abacate. Mas a lei lhe garante fazer campanha até a decisão", DO ADVOGADO MARCELO RIBEIRO, EX-MINISTRO DO TSE.
COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA
Coluna do Estadão:Twitter: @colunadoestadaoFacebook: facebook.com/colunadoestadaoInstagram: @colunadoestadao