As movimentações para derrubar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, deixam apreensiva a corporação. O medo é Jair Bolsonaro escolher alguém afastado da categoria, como fez com Augusto Aras na PGR. Os nomes cotados são de delegados distantes do dia a dia das atividades policiais. Anderson Torres, por exemplo, à frente na bolsa de apostas, é secretário de Segurança do DF. Caso Bolsonaro o confirme no cargo, terá os dirigentes dos principais órgãos investigativos lutando para serem aceitos entre seus próprios colegas.
Pano de fundo. Tanto Valeixo quanto seus antecessores desde Luiz Fernando Corrêa (2007) ingressaram no concurso de 1993. Os que entraram nos concursos de 1997 e 2001, incluindo Anderson, por exemplo, começam a pressionar para ocupar espaços.
Na fita. Outro nome entrou na lista de cotados para a diretoria-geral: Fabiano Bordignon, chefe do Departamento Penitenciário Nacional, sob a alçada do ministro Sérgio Moro.
Dança das cadeiras. Caso a troca seja efetivada, os diretores no entorno de Valeixo também seriam substituídos. A exceção poderia ser Delano Bunn, diretor de Gestão de Pessoal, que transita bem em vários grupos.
Mais... Por causa da grave situação fiscal do País, auditores do TCU solicitaram um pente-fino no Ministério da Economia para analisar crédito e arrecadação tributária, dívida ativa da União e riscos fiscais.
...marola. O procedimento, autorizado pelo ministro Bruno Dantas, vai escrutinar a distribuição a Estados e municípios das transferências constitucionais, como FPE, FPM e Fundeb.
CLICK. O deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) ocupou a tribuna para defender projeto que permite o "uso respeitoso" da Bandeira Nacional em vestimentas.
Fusível. "Jair Bolsonaro preferiu tirar o Marcos Cintra porque no momento não pode demitir Paulo Guedes e a corrente estoura sempre no lado mais fraco", diz o senador Plínio Valerio (PSDB-AM).
Para lembrar. "É fácil fazer ajuste passando a conta para o povo. O candidato da bala deu o primeiro tiro", disse Geraldo Alckmin (PSDB), há um ano (na campanha eleitoral), sobre a recriação da CPMF pelo governo Jair Bolsonaro.
Censura. Análise das redes sociais do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), indica que a estratégia de reforçar a ligação com os evangélicos surtiu efeito. É o que mostra o monitoramento mensal que a Quaest Consultoria faz das personalidades políticas.
Censura 2. Coletado quase 1 milhão de postagens sobre a decisão de Crivella de recolher os gibis com o beijo gay da Bienal, entre os perfis evangélicos, 46% são favoráveis à decisão, 29% neutros e 25% contrários.
Censura 3. Segundo a consultoria, embora não consiga mudar sua imagem entre a maioria dos eleitores, o prefeito do Rio de Janeiro ganha em popularidade digital de todos os demais prefeitos de capital.
Dono... Na reunião com Rodrigo Maia, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, alertou: se virarem empresas, os clubes passarão a pagar impostos dos quais estão livres atualmente.
...da bola. Esse é o maior entrave para o projeto que permitirá aos clubes até vender ação na Bolsa. Maia prometeu apresentar o texto até a semana que vem.
SINAIS PARTICULARESRodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados
BOMBOU NAS REDES!
João Amoêdo, empresário, fundador do Novo: "Queiroz sem explicações (...) Diretor da PF com cargo ameaçado, apesar do ótimo trabalho. Certamente não é o roteiro correto para combater a corrupção."
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA
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